Essa coisa do mundo ao redor nunca lhe fez diferença prestar atenção. Chegava onde fosse já se colocava á vontade.
Nesse dia não foi diferente. O sol estava quente, pediu algo gelado para beber, sozinha como sempre, sor-veu a cerveja gelada gole a gole. Acendeu o cigarro e satisfeita, terminou junto de beber e fumar, apagou e pagou logo de uma vez, fa-zia sempre questão de liqui-dar com a mínima possibi-lidade de interrupção á sua entrega.
Só ai chegou.
Sentindo-se de fato pronta para aproveitar sua deliciosa solidão. Totalmente dentro de seu espaço parcial, estendeu a canga, ajeitou seus apetrechos, sentada desvestiu-se e sossegadamente passou por todo corpo o que lhe daria certa proteção pelo tempo que ali ficasse...
Sem tirar o óculos deixou-se ali ficar como se mundo ao redor não existisse.
De frente ficou por um pouco, logo virando de costas, pôs-se a ler, o pescoço logo deu sinal de cansaço e pondo as mãos por apoio adormeceu, como somente os inocentes o fazem.
Dentro desse tempo no sono sem culpa, sentia como se por muitos olhos estivesse sendo observada, sonhou então com o momento em que o casal do Éden percebeu que estavam nus e em desespero coseram folhas de alguma forma e assim usaram para cobrir o corpo, esqueceram-se de que somente os dois habitavam o dito paraíso e transformaram um desencontro de informações em ato confesso de culpa.
Abrindo os olhos percebeu que muito tempo já se passara, na bolsa conferiu o celular, viu a hora que voara.
Lamentavelmente precisava ir...
Sentada mesmo revestiu-se, guardou seus apetrechos com calma. Levantando apenas foi embora.
Tão absorta e sem necessidade de defesa esteve que não percebera que de fato havia olhos que saborearam seu desvestimento e que não se contendo em ver ao longe, uma foto tirou para guardar de recordação da imagem mais pura e livre que já tivera a oportunidade de saborear com os olhos...
Liberdade deveria ser para usufrutos de todo, porém as regras criadas pelos ditos donos da verdade, não tiram o direito só dos que se deixam enquadrar, mas tentam tirar de todos, causado quase um engessamento em massa.
Porém há os que se mantém livres se a preocupação do contar prestar.
Catiaho Reflexo d’Alma 2258 0108012 quarta feira
1 de ago de 201223:10
21/09/12 00:32
Faz-me imensamente feliz por ver o tamanho da liberdade que habita em seu ser... em algum momento já conseguiu ler "A Ilha das Três Sereias"?
ResponderExcluirNão vejo a hora de reencontra-la e colocar em dia nossas conversas... Saudades... amo você!
Liberdade...sensação maravilhosa!
ResponderExcluir^^
beijão e um ótimo dia!
sozinha, como ela da hitória, é muito 'peito mesmo. afinal as pessoas veem mal em quase tudo. tanta mulher deitada na areia em posições bem mais sensuais e a mais escondida chamou tanta atenção, rs
ResponderExcluirExcelente texto sobre um conceito muito presente em discursos:)!
ResponderExcluirBjo
Excelente. Maravilloso.Ha sido un deleite. Saludos cordiales.
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