Não desses sonhos que se dorme e acorda com vontade de dormir pra da historia
saber o final, mas sim dessa coisa de olhar pros dias vindouros e acreditar que algo
bom vai acontecer.
Na verdade, tanto fazia se um dia chovia e outro fazia sol.
Tantas foram as agruras durante a infância e adolescência que sonhar já era demais. Estar viva então? Já era de bom tamanho.
Um tempo o pai mudara de trabalho e levara a família junto. Cidade nova.Logo na chegada, já noite os
dois hotéis da cidade não aceitaram a família, ainda que dinheiro o pai tivesse, era como se impossível
fosse abrigar em um hotel seis filhos, mais pai e mãe.
Assim, o único lugar que sobrou foi o vagão de trem que havia no meio de uma praça.
Era na verdade abrigo de moradores de rua: gentes, gatos, cães. Ali se aninharam como foi
possível, encostados uns nos outros para aguardar o amanhecer.
Foi uma noite de terror e medo, demorou muito a amanhecer, ela a mais velha dos seis, não
fechou os olhos cuidando para que ninguém se aproximasse da família.
Cedinho foram para o ponto aguardar o ônibus que os levaria á nova morada. Depois de desembarcar ainda andaram 30 minutos!
Foi lá, num lugar lindo mais humilde que começou a luta da jovem para sobreviver.
Um marginal local soube que uma linda morena de dezesseis anos acabara de se mudar, espalhou
que dele ela seria, quisesse ou não a família.
Foi assim que a moça entrou em choque pela primeira vez, queria morrer de tanto medo do que
de fato fosse acontecer.Parou de comer, de beber e sair do quarto. O pai saía pra trabalhar preocupado e voltava ainda mais preocupado, pois a filha mais velha desfalecia a olhos vistos, tinha pele ja branca, mais branca que sempre.
Um mês ele esperou tentando que as coisas mudassem, mas não mudaram.
O jovem marginal estava encantado com beleza da jovem menina e determinado, rondava a casa para
tentar vê-la mais vezes.
A Moça menina chorava muito e todo tempo, o medo era seu tutor,seu senhor.
E pai que a amava, apensar de nunca ter dito isso enquanto viveu; cuidou para que a família se mudasse e logo para alegria da família a bela Mocinha já voltava a sorrir e a sentar no portão toda tarde.
Foi dali que conheceu seu primeiro enamorado, Fabrício, moço de bigodes que andava de bicicleta e frequentava o centro de umbanda local, onde a Moça ia por lá, pra com ele dançar.
Depois dali do portão mesmo foi que conhecer seu primeiro namorado, Moço já adulto que dela queria a tal prova de amor, alem de xigir que de saia a moça fosse quando se encontrassem para namorar.
Logo desencantada desfez o namoro sem dó nem pena, alivio foi o que sentiu.
Isso tudo não era sonhar, atá que conheceu Gilberto Newman, 18 anos e olhos que inspiraram à Moça
os primeiros versos, olhos que faiscavam provocando paixão...
e dai pra frente sonhar era o que mais sabia fazer.
Gilberto ficou no passado, mas o Sonhar a Moça morena nunca mais largou e até hoje escreve poesia quando a vida aperta sua garganta e os pesadelos assolam suia mente trazendo a maldade das pessoas egoístas á tona.
Ainda hoje ja com cinquenta anos a Moça sonho e sonhar é algo que ela não concebe o abrir mão.
Catiaho Reflexo d'Alma 19:22 22/11/012
entre
sonhos e delírios
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