o Jornalista Leandro Vieira do Santos de SP é mais um Novo Autor deverá se juntar a NOSSA EQUIPE Parceria&Poesia.
Ele se encontra atualmente trabalhando no Jornal Agora São Paulo.
Torcedor do Corintias, frequentador de estadios e fanático por Nelson Rodrigues.
Em breve falaremos de seu livro que ainda não esta definido se
de Contos ou de Cronicas, umas vez escrever ele nessas duas vertentes.
Não pensem ter ele caído entre nós de repente de paraquedas.
Temos contato contato pessoal desde 2004, antes de eu vir para Pasargada
e ele ainda ser um jovem estudante de jornalismo.
Estivemos juntos em São Paulo e cito duas oportunidades:a 1 foi a estreia do
meu filho Caçula no show de Circo do Roda Brasil, da Peça Teatral Bichos do Mundo
e a Peça dos Parlapatões Parapapá no Espaço do Memorial da América Latina.
Depois em uma passagem rápida por SP, pois eu ia para o Guarujá;
eu, ele e a linda Khell, nos encontramos para
um café e uma ótima conversa ali mesmo em uma lanchonete no Terminal Tietê.
Agora ele se prepara para somar conosco em breve aqui no Parceria&Poesia.
Enqunato aguardamos as NOVIDADES, ele liberou esse texto
para ser publicado.
Deleitem-se nessa excelente escrita.
:
O Italiano do Ponto do Táxi
de Leandro Vieira
Era impossível passar pela praça da avenida sem reparar no ponto do táxi. Primeiro, pelo zelo e pela limpeza. Segundo, pelo velho gordo careca sem dentes que depositava ali boa parte das horas que a aposentadoria lhe dava.
Ele chamava a atenção pelo franco sorriso e pela simpatia contagiante, que brilhavam mais do que o ponto asseado – este se resolve com boa vontade e vassouras; simpatia é só com talento.
O senhor dizia a qualquer um que era italiano. E dizia várias coisas. E disparava a falar. E não havia ninguém que resistisse àquela conversa. No ponto, não dava para ignorar o quanto ele se divertia com os taxistas, e vice-e-versa. E quem passava por lá se divertia com a diversão deles. Eu, pelo menos, praticamente fazia questão. Aquela vista chegava a mudar o meu dia.
De vez em quando, o Italiano do Ponto do Táxi (ele é um personagem do Nelson Rodrigues, merece o título, não é um diminutivo preguiçoso), dava uns pulos na banca de jornal em frente à praça. Lá, saltavam seus comentários objetivos e tranquilos sobre os políticos – “TUDO LADRÃO!!!” –, os futebolistas – “TUDO PERNA DE PAU!!!” –, os funcionários públicos – “TUDO VAGABUNDO!!!” –, e demais assuntos.
Não sei quando ele começou a frequentar o ponto de táxi. Desde quando eu comecei a passar ali, ele estava lá. O italiano foi um sempre legal nas minhas passagens por aquela praça.
Mas, um dia, de repente, o ponto de táxi ficou apenas limpo. O mestre não apareceu mais. Ninguém soube o que aconteceu – e, como ninguém era íntimo dele, ninguém foi perguntar a nenhum dos taxistas. Os dias foram passando. E ele não voltou.
A verdade é que o lugar ficou xoxo. Aquele normal bacana passou a não acontecer mais por conta da ausência de alguém que não conhecíamos direito, mas adorávamos (me recuso a crer que apenas eu gostava daquele senhor). Aquele personagem que dava tempero ao lugar, que dava colorido a um pedacinho da praça, cadê? Eu não ligaria se a praça ficasse um pouquinho suja. Desde que o Italiano do Ponto do Táxi voltasse às nossas passagens pela praça.
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CatiahoAlc./Reflexod'Alma
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