A biblioteca abriu as portas no horário de costume, nisso a turma que vestia uniforme de colégio invadiu a grande sala e na medida em que iam encontrando o que procuravam, calavam-se e buscavam o seu lugar.
Jorge Amado, Monteiro Lobato, Cecília Meireles, assim como outros escritores tinham suas obras devassadas sobre as mesas. Depois de várias anotações em agendas ou cadernos, eles, aos poucos, deixavam o recinto. Uns voltavam ao colégio, outros entravam na sorveteria ou na confeitaria da vizinhança. Martha, no entanto, mantinha-se de pé diante a prateleira desfolhando cada livro que encontrava. Parecia buscar por uma obra, porém sem sucesso. As portas se fechavam quando um funcionário jovem, ainda, lhe ofereceu ajuda. Martha nem se deu ao trabalho de olhar para o rapaz, estendeu-lhe um papel onde se lia;
“O QUINZE”, e logo abaixo; “EMÍLIA NO PAÍS DA GRAMÁTICA”. Virou às costas e foi embora deixando o funcionário de olhar apaixonado bastante sem graça. Foi desse jeito que ele a viu entrar na papelaria a direita da casa de sorvetes. Guardou no bolso do jaleco azul o papel que recebeu e foi ao seu encontro. Ela era magra e alta, cabelos pretos como os olhos, seios médios e firmes como a sua beleza e arrogância. Era como os outros que com ela ali chegaram, aluna do colégio municipal daquele bairro e a sua presença naquela casa era a primeira de muitas outras, que viriam.
Jorge Amado, Monteiro Lobato, Cecília Meireles, assim como outros escritores tinham suas obras devassadas sobre as mesas. Depois de várias anotações em agendas ou cadernos, eles, aos poucos, deixavam o recinto. Uns voltavam ao colégio, outros entravam na sorveteria ou na confeitaria da vizinhança. Martha, no entanto, mantinha-se de pé diante a prateleira desfolhando cada livro que encontrava. Parecia buscar por uma obra, porém sem sucesso. As portas se fechavam quando um funcionário jovem, ainda, lhe ofereceu ajuda. Martha nem se deu ao trabalho de olhar para o rapaz, estendeu-lhe um papel onde se lia;
“O QUINZE”, e logo abaixo; “EMÍLIA NO PAÍS DA GRAMÁTICA”. Virou às costas e foi embora deixando o funcionário de olhar apaixonado bastante sem graça. Foi desse jeito que ele a viu entrar na papelaria a direita da casa de sorvetes. Guardou no bolso do jaleco azul o papel que recebeu e foi ao seu encontro. Ela era magra e alta, cabelos pretos como os olhos, seios médios e firmes como a sua beleza e arrogância. Era como os outros que com ela ali chegaram, aluna do colégio municipal daquele bairro e a sua presença naquela casa era a primeira de muitas outras, que viriam.
Estava de costas quando ele entrou e ao sentir a sua aproximação, andou mais dois passos para ater-se ao fundo da loja como se fugisse de alguma coisa, pôs-se a remexer no que para ela não fazia o menor sentido.
Respirando como quem vence uma maratona ele, quase esbarrando nela, impostou a voz e perguntou:
- Para quando você quer os livros?
Como quem sai de uma banheira de água morna com flores de alfazema ela olhou por sobre o próprio ombro e num quase beijo respondeu;
- Para hoje ainda e de preferência à noite em minha casa. Meus pais viajaram à Vitória e eu estarei sozinha com a minha avó, que dorme cedo, por três dias. Concluiu a moça.
Afastando os livros, que trazia embaixo do braço, consultou o relógio; eram 21h quando tocou a campainha.
A avó abriu a porta, quis tomar para si os livros, mas o rapaz interrompeu o gesto e perguntou; - Onde está a... Desculpe, a sua neta?
-Eu não tenho filhos, como poderia ter netos, neta ou coisa parecida?
Nesse momento apareceu, vindo de outro cômodo, a moça por quem ele procurava.
-Entra vovó, deixa que eu atendo o rapaz; adiantou a moça abrindo, para ele, um largo sorriso de confiança.
A avó entrou resmungando enquanto ele era puxado para um quarto nos fundos do corredor. Cabisbaixo, meio sem jeito, ele tentava demonstrar segurança no andar e nas poucas palavras que dizia. Ela tentou acalmá-lo dando-lhe, na face, um beijo.
Com as mãos trêmulas, segurou o rosto dela e a beijou na boca. Ela fingiu resistir, mas acabou por se deixar cair e sobre a cama jazeu aos desejos animais do jovem funcionário. Louco ele rasgou-lhe a blusa e viu um par de peitos saltar-lhe em direção ao rosto. Enfiou na boca um dos seios enquanto de suas roupas se livrava. Num gesto bruto, quase hostil, estocou forte a sua adaga grossa e quente o suficiente para no baixo ventre resultar no grito que acordou a cidade em um misto de dor e de prazer.
Com as mãos trêmulas, segurou o rosto dela e a beijou na boca. Ela fingiu resistir, mas acabou por se deixar cair e sobre a cama jazeu aos desejos animais do jovem funcionário. Louco ele rasgou-lhe a blusa e viu um par de peitos saltar-lhe em direção ao rosto. Enfiou na boca um dos seios enquanto de suas roupas se livrava. Num gesto bruto, quase hostil, estocou forte a sua adaga grossa e quente o suficiente para no baixo ventre resultar no grito que acordou a cidade em um misto de dor e de prazer.
Sorveram o momento explosivo de euforia e felicidade por toda aquela noite para despertar com o sol a pino, enquanto a vovó batia à porta dizendo que ela ia se atrasar para o colégio...
Boa tarde!
ResponderExcluirMais um fabulosa texto que, adorei ler! Obrigada pela partilha!:)
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Eu posso...
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Beijos. Uma excelente semana...Fiquem em casa.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOlá:- Onde fica mesmo essa biblioteca? É que quero lá ir pedir trabalho, loool
ResponderExcluir.
Feliz início de semana
Gostei do comentário do Ricardo, acima! Hahaha!
ResponderExcluirBoa noite minha amiga CatiahoAlc.
ResponderExcluirUma bela postagem! Parabéns!
A escritora e poeta sabe como trilhar os caminhos da literatura com maestraia.
Uma boa semana, Catia, com os necessários cuidados com o vírus traiçoeiros.
Beijo.
Pedro
Portanto o livro era o Kama Sutra... :))))
ResponderExcluirAbreijos
Tudo aquilo que acontece seja ou não seja por mero acaso. Há sempre um lugar onde teve inicio. Se esse conto é real ou imaginativo. Certo é que está muito bem contado.
ResponderExcluirContinuação de boa semana. Um abraço.
Bom dia, e caloroso , nessa manhã solitária ! AS vovós a certa altura da vida ficam: cegas, surdas e mudas… Chapeuzinho convidou o lobo! Grande beijo Cátia. Parabéns e abraços Silvio!
ResponderExcluirA nice story :)
ResponderExcluirstay well!
Grande texto - adorei
ResponderExcluirBjs
Kique
Hoje em Caminhos Percorridos - Batatas Fritas...
Querida Catia
ResponderExcluirQue bela narrativa!
Fiquei sem fôlego! Que menina essa!
Um beijinho
Beatriz