Acordou
muitas vezes naquela noite até que, cansada, decidiu levantar-se.
Jogou uma água no corpo, fez café, que tomou junto à janela que dava para a rua,
vestiu um short com o forro dos bolsos aparecendo, amarrou na cintura uma blusinha curtinha e foi caminhar. Andou a esmo por uma hora e meia, duas horas até um quiosque aonde parou para uma água de coco.
O sol mal saíra das fraldas quando chegou ao quiosque.
Sentou-se a contemplar as ondas ralas se esparramando
na areia até onde estavam os foliões que saiam do baile para uma cerveja.
Para ela tanto fazia o que eles fizessem por ali se o mais importante
era o que achava da própria vida. Fugindo aos olhares furtivos
voltou os pensamentos ao que a levara até aquele lugar.
E pensava, não como uma mulher como as outras, mas como mãe,
como esposa e avó, que vinha sendo.
Vida de conselheira, empregada e amante do próprio marido
com quem se casara há séculos. Pagou a despesa e saiu caminhando pela areia que o sol começava a esquentar. Caminhou com pensamentos de carrasco em
relação ao mártir. Café na mesa, almoço pronto, casa limpa, tudo à (tempo) e à hora.
E se tudo está pronto, como há anos nunca deixou de estar, por que incomodá-la com assuntos banais?
Quanto a sua vida...
Ah! O que importa se na vida de uma dona de casa o que interessa
é o resultado de suas obrigações?
– Pensava olhando os pés que nem pegadas deixavam.
Nunca olhara na cara de um homem que não fosse o seu
e até os amigos do marido tinham por ela o respeito que merecia,
mesmo que não fosse o que ela desejasse que tivessem por ela, mas enfim...
era a esposa do amigo deles.
Jogou uma água no corpo, fez café, que tomou junto à janela que dava para a rua,
vestiu um short com o forro dos bolsos aparecendo, amarrou na cintura uma blusinha curtinha e foi caminhar. Andou a esmo por uma hora e meia, duas horas até um quiosque aonde parou para uma água de coco.
O sol mal saíra das fraldas quando chegou ao quiosque.
Sentou-se a contemplar as ondas ralas se esparramando
na areia até onde estavam os foliões que saiam do baile para uma cerveja.
Para ela tanto fazia o que eles fizessem por ali se o mais importante
era o que achava da própria vida. Fugindo aos olhares furtivos
voltou os pensamentos ao que a levara até aquele lugar.
E pensava, não como uma mulher como as outras, mas como mãe,
como esposa e avó, que vinha sendo.
Vida de conselheira, empregada e amante do próprio marido
com quem se casara há séculos. Pagou a despesa e saiu caminhando pela areia que o sol começava a esquentar. Caminhou com pensamentos de carrasco em
relação ao mártir. Café na mesa, almoço pronto, casa limpa, tudo à (tempo) e à hora.
E se tudo está pronto, como há anos nunca deixou de estar, por que incomodá-la com assuntos banais?
Quanto a sua vida...
Ah! O que importa se na vida de uma dona de casa o que interessa
é o resultado de suas obrigações?
– Pensava olhando os pés que nem pegadas deixavam.
Nunca olhara na cara de um homem que não fosse o seu
e até os amigos do marido tinham por ela o respeito que merecia,
mesmo que não fosse o que ela desejasse que tivessem por ela, mas enfim...
era a esposa do amigo deles.
Um
beijo quente e doce,
uma amasso mais arrojado,
uma amasso mais arrojado,
uma tapa na mão boba, como dava
na dos namorados
Nada mais se lembrava e nem mesmo o sabor que tinha os beijos roubados
se lembrava mais. Com os olhos perdidos no nada foi que ela pensou em beber
naquela fonte.
Não foi e não era um sonho ou uma fantasia, mas,
por que não provar antes que ela secasse?
Por que não alugar uma fantasia, cobrir sua cara e beijar as bocas que ela escolhesse,
se entregar aos arrojos mais intensos para acordar no dia seguinte com cara de,
quero mais?
O sol ardia na pele quando se decidiu por viver um vez que fosse
o que a vida lhe havia negado e na manhã do dia seguinte o marido
abriu a porta do quarto e a encontrou nos braços de um folião.
O grito que deu por ela não ter feito o café até aquele momento,
foi tão alto que ela acordou. Pulou da cama e foi ao banheiro aonde,
pensando no sonho, lembrou que nem o nome do homem o amante deixou.
Não foi e não era um sonho ou uma fantasia, mas,
por que não provar antes que ela secasse?
Por que não alugar uma fantasia, cobrir sua cara e beijar as bocas que ela escolhesse,
se entregar aos arrojos mais intensos para acordar no dia seguinte com cara de,
quero mais?
O sol ardia na pele quando se decidiu por viver um vez que fosse
o que a vida lhe havia negado e na manhã do dia seguinte o marido
abriu a porta do quarto e a encontrou nos braços de um folião.
O grito que deu por ela não ter feito o café até aquele momento,
foi tão alto que ela acordou. Pulou da cama e foi ao banheiro aonde,
pensando no sonho, lembrou que nem o nome do homem o amante deixou.
silvioafonso
CANÇÃO
O BEM E O MAL
DANILO CAYMMI
IMAGENS DO MEU JARDIM
Muitas vezes
Bastar fechar os olhos e sonhar
Outras vezes basta abrir os braços
E viver
Mas tem gente tão complicada
Precisa de sofrimento
Duvidas culpas perdões
E amarras
Mas vejo a vida assim não
Preciso de nada disso não
Necessito só viver
Em paz
Mas primeiro paz comigo
Depois com o outro
Respiro melhor assim
E prossigo
Mas não vivo sozinha no mundo
A vida com paz não depende somente de mim
Ser feliz e viver me é simples assim
Pura poesia
CatiahoAlc../ Reflexo d'Alma
2304 2204011
Difícil chegar ao rodapé da postagem para
ResponderExcluircomentar, mas quanto a publicação, obrigado.
Gostei muito, não do texto que você, gentil
como sempre, me presenteou publicando na
sua página, mas pela maravilhosa ilustração
que você tão bem vem dominando.
Um beijo e muito obrigado, de novo. Ta.
Grata!
ExcluirBjins
ResponderExcluirPoemas e fotos lindíssimas. Amei esta publicação.
.
Votos de um dia feliz - abraço
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
Ryk@rdão sempre presente com
Excluiro seu bom humor e sua maravilhosa
poesia. Bom dia, poeta e obrigado pela
sua amizade. Obrigado também à Cátia,
pelo espaço. Beijos aos dois.
Muito obrigada
ExcluirRicardo!
Concordo com Vc
ExcluirPalhaço Poeta!
Gostei, o texto e poema revela o quanto devemos olhar para dentro e fora dos nossos sentimentos para fazermos opções sensatas com nosso mode de ver e sentir o mundo, nossa vida.
ResponderExcluirCatiaho, você sabe o nome dessa flor cor de rosa? Tenho dela aqui, ganhei de minha mãe há uns 3 anos, dá poucas flores aos meus cuidados, ainda não peguei as manhas dela, mas insisto, até antes de abrir é linda. Se souber, me fale por favor?
Abraço!
Muito obrigada Dalva.
ExcluirRespondi
lá no seu blog.
Bjins
Catiaho, muito agradecida pela sua resposta e gentileza da pesquisa! Bjs
ExcluirObrigada pela visita! O teu jardim é muito lindo! Bjs
ResponderExcluirQue bom que
Excluirveio Bella.
Bjins
Gostei do texto do Sílvio Afonso. Como sempre, surpreende!
ResponderExcluirO Poema também é maravilhoso! :))
-
Pára tudo... Nasceu a Princesa...
-
Beijo e uma excelente noite!
Muito agradecida Cidália!
ExcluirBjins
Querida Catiaho,
ResponderExcluirAdorei o texto sempre gostoso de ler do meu amigo Silvio, ele é um excelente contador de histórias e faz isso como ninguém. Quanto ao poema acredito que o ser humano vive em busca de paz, não é algo que dependa somente da gente como diz no poema, mas é algo que sempre vamos procurar. Achei lindo, gostei bastante.
Quando puder passa lá no blog, vou adorar a sua visita!
Beijos.
Alécio,
ExcluirVc é muito gentil
conosco.
Bjins
Que dupla!
ResponderExcluirAbreijos
Obrigada Pedro!!!
ExcluirHoje vou lá no
seu blog, viu?
Bjins
Olá, Catia!
ResponderExcluirVim retribuir a sua simpática visita ao meu cantinho! Respondo sempre aos comentários lá.
Conheço um pouquinho do trabalho do Silvio. Gostei muito de ler mais esta obra prima!
Parabéns pelo poema!
Voltarei mais vezes.
Beijinhos
Liliana
Ideias Recicladas e... não só!
Muito obrigada Liliana!
ExcluirQue encanto ter
sua presença.
Bjins
paasando para desejar um feliz fim de semana adorei o post bjs saude
ResponderExcluirMuito obrigada Isa!
ExcluirVC é muito gentil.
Bjins
Buon weekend.
ResponderExcluirBjins e muito obrigada.
ExcluirHa sido hermoso leer a Silvio y muy hermoso leer tu poema. Encantado de haber pasado por aquí. Me alegró tu visita y mucho más saber que te encuentras bien después de este maldito COVID19. Aun, debes de escribir muchos poemas amiga, este mundo necesita hablar en poesía, para hacer un mundo mucho mejor.
ResponderExcluirUn abrazo.
Foi lindo ler o Silvio e muito lindo ler o seu poema. É um prazer ter passado por aqui. Fiquei feliz com sua visita e muito mais em saber que você está bem depois desse maldito COVID19. Mesmo assim, você deve escrever muitos poemas, amigo, este mundo precisa falar em poesia, para fazer um mundo muito melhor.
Um abraço
Muchas gracias de hecho.
ExcluirTu comentario alegró mi corazón. Bjins
A poesia é uma companhia para quem tem a felicidade de viver no mundo
ResponderExcluirGostei
Sensacional o texto acima. Parabéns ao Afonso. E parabéns pelo poema também, não viver de poesia... mas viver poesia, isso sim.
ResponderExcluirGostei muito do texto do Silvio e do teu jardim. Gosto de plantas e de vez em quando sinto necessidade de mexer na terra, Vivo em apartamento, mas tenho uma varanda com muitos vesos e há duas semanas entretive-me a tratar deles, Estamos no inverno e em confinamento e precisamos de fazer certas coisas para preservarmos a nossa saúde mental; mexer na terra ajuda muito
ResponderExcluirQuanto ao teu poema, comcordo, fazer poesia parece dificil, mas há quem diga que podemos vê-la
e senti-la nas pequenas belezas do nosso dia a dia. Também eu, Amiga, só quero a minha vida simples, em paz, comigo mesma e com os outros; vivemos em sociedade e para termos essa paz precisamos de respeitar tudo e todos . Estamos a viver tempos dificeis e mais do que nunca é preciso que sejamos solidários com todos, pois há muita gente a sofrer em todos os aspectos, financeiros, mentais e de dores imensas por tantos familiares e amigos perdidos. Obrigada por este belo momento, querida Amiga! Desejo-te saúde a ti e aos teus. Beijinhos e boa noite
Emilia