sem malas, sem bagagem e sem
assuntos atrasados.
Apenas de mãos dadas e olhar
Apenas de mãos dadas e olhar
fixo no adiante.
Claro que não esqueceremos o
Claro que não esqueceremos o
passado ou as lembranças,
pois estão tatuadas em nós.
Todavia seguimos e daqui por diante
pois estão tatuadas em nós.
Todavia seguimos e daqui por diante
vamos juntos e até onde possível for
vamos escrever a outra parte da
nossa história
Vamos seguir assim
Vamos seguir assim
combinados e enlaçados então...
CatiahoAlc.
Com canção...
Andar com fé eu vou...
Meus Bloqueios e
perem aí que vou molhar
as minhas
plantas e já volto. Perem (de esperem) aí...
Então, entre molhar as plantas, vivi
Então, entre molhar as plantas, vivi
dias sem voltar a ter vontade de
pegar o notebook e escrever.
Que fiz eu? Esteve frio e ventando e não
Que fiz eu? Esteve frio e ventando e não
tive ânimo de sair de casa para
caminhar
e nem fazer aulas.. Coisa que só estou
fazendo nessa madrugada, por quê
de madrugada? Porque após cuidar da
minha vida nesses dias, tomei banho após
o almoçar, me deitei e dormi por muitas
horas o que não é algo normal.
E a noite fiz comidinhas gostosas e fui
assistir
filmes. Estou em paz
comigo e
com a vida, então até dormir a hora que
tiver vontade eu posso.
A seguir tive uma manhã muito nervosa
A seguir tive uma manhã muito nervosa
com cuidados com o meu esposo que
não estava lá muito bem, ele
melhorando,
eu acalmei e dormi sem culpa; resultado:
estou escrevendo e ele dorme tranquilo
e estabilizado.
Nesse tempo entre molhar as plantas e
Nesse tempo entre molhar as plantas e
voltar a escrita fiz umas reflexões.
Pensei em um tempo que não estive tão
Eu como estou agora.
Anos 90, eu e meu esposo lutávamos para
Anos 90, eu e meu esposo lutávamos para
nos manter estabelecidos.
Já tínhamos casa própria, carro
quitado
e dois filhos para educar.
Trabalhávamos em uma boa escola particular,
ele como Coordenador e eu como
Professora de Artes e Educação Religiosa
do
jardim ao 3º ano, aqueles que sairiam para
o curso técnico ou para as
faculdades.
Foi nesse tempo que tive meu primeiro
bloqueio. Estava na sala de 2@ série, que
nem ouso a pensar
como chamam hoje,
era uma turma pequena e a aula era de artes, eu trabalhava
cores primárias e secundárias, percebi que um aluno assediava ou incomodava
dois outros que eram especiais no sentido que tomavam medicação e precisavam de
atenção redobrada. Logo me direcionei
as carteiras, o menino maior
e que
incomodava os dois outros, olhou para mim
e disse: Vem professora. Vem
porque é tudo
que preciso pro meu pai dar um jeito
em vc. Vem? E me chamou com
quem
chama alguém para a briga.
Ali mesmo meu
celebro paralisou de me
medo e terror. Passei 2 meses sem
falar, precisei
procurar um tratamento que
hoje seria diagnosticado como crise de pânico,
mas
na época era algo que só eu
me conhecendo como me conheço para
saber que era aterrorizarão.
Entre enlouquecer e me priorizar, optei por
mim e abandonei a escola sem
nem olhar
pra trás. Esse salário eu
entregava todo
para minha mãe como presente, então não
fez tanta falta.
A vida seguiu e só já em 2010 passei por
A vida seguiu e só já em 2010 passei por
outro momento difícil desse gênero.
Já morava em Pasargada e mantinha
Já morava em Pasargada e mantinha
amizades a distância. Passei por cirurgia
nas duas pernas
e assim que voltei do
hospital, liguei para meu amigo para ouvir
uma voz conhecida,
pois eu não estava bem.
Por algum motivo que desconheço até hoje
o meu amigo em questão
me passou
uma repreensão severa e desligou o telefone
na minha cara, daquele momento em diante
eu entrei com
colapso de privação se sentidos
e só voltei a consciência umas semanas depois.
Recebi visitas que me
lembro, mas muito
como se eu não estivesse ali, estive
mesmo ausente da minha consciência.
Meu esposo experiente na área de saúde,
muito desesperado me
levou a um shopping,
lanchamos, passamos por uma maravilhosa
exposição sobre o Santo Sudário e lá voltei
a mim, pois realmente era como se eu
tivesse morrido e ressuscitado.
A terceira vez que me ausentei em forma
A terceira vez que me ausentei em forma
de bloqueio foi durante a pandemia quando
não vi meu filho mais velho e nem
minhas
netas por quase um ano e nas poucas
vezes que vieram nos ver foi do lado de fora
do apartamento e de máscaras, horrível
sensação. O caçula veio morar conosco
para cuidar de nós.
Logo no início para
atenuar o isolamento falávamos com casal
de amigos por
câmeras. Mas era tão triste e
tão sofrido que após as conversas a 4,
eu chorava
por horas e isso sem falar
que todas as vezes meu marido ou meu
amigo em particular me reprendiam
severamente por eu não ficar à vontade
na conversa via câmera. Lembro nitidamente
de chorar horrores. Desse tempo em
diante passei a não conseguir mais telefonar
em datas ou mesmo para conversar, ainda
hj
é só ligar que começo a chorar e a voz
fica embargada.
Aprendi muitas lições com esses 3 episódios
Aprendi muitas lições com esses 3 episódios
de bloqueio pois me marcaram
profundamente e todos me servem se
exemplo:
1- Não trabalho mais com crianças na área
1- Não trabalho mais com crianças na área
do ensino.
2- Não espero contorto de ninguém
2- Não espero contorto de ninguém
em momentos difíceis para mim.
3- Não ligo para mais ninguém em datas X.
3- Não ligo para mais ninguém em datas X.
Uma vez permiti que alguém especial na
época fizesse meu mapa
astral e lá foi
descrito que tenho o número da Mãe, ou
seja fora o Amor Eros,
nenhum outro
Amor ficará, eu seguirei sempre sozinha,
porque os filhos e
familiares seguem suas
vidas,
os amigos seguem seus caminhos, mas o
Amor Eros
ficará até que a morte nos separe.
Apanhei para aprender? Sim apanhei.
Aprendi, assimilei? Com certeza.
E hoje sigo como diz o Poeta:
Eles Passarão, mas eu Passarinho.
CatiahoAlc.
0334 de quinta feira 15 d agosto de 2024
Apanhei para aprender? Sim apanhei.
Aprendi, assimilei? Com certeza.
E hoje sigo como diz o Poeta:
Eles Passarão, mas eu Passarinho.
CatiahoAlc.
0334 de quinta feira 15 d agosto de 2024
Uau! Que relato intenso! O tipo de texto que mostra o que realmente somos, sem fantasia, sem máscaras. Muito impressionante!
ResponderExcluirLindos versos mi favorito el primer poema. Te mando un beso.
ResponderExcluirBofetadas na vida?
ResponderExcluirTantas!
E crescemos com cada uma.
Bjs, boa semana
Bofetadas na vida?
ResponderExcluirTantas!
Crescemos com cada uma.
Bjs, boa semana
Puxavida , esses bloqueios!!! Mas imagino o nojo e medo que sentiste daquele asqueroso menino te provocando pra briga!!! Afff!
ResponderExcluirAmigos "cavalgaduras" aparecem ...Que pena pra ele que perdeu tua amizade!
E durante a pandemia todos tivemos a vida travada...Incrível! Mas ,com fé vamos que vamos e ainda estamos aqui aprontando,rs...
beijos, tuuuuuuuuudo de bom,chica
Forte seu relato. Cada um reage de forma diferente a essas situações que a vida nos impõe. O importante, creio eu, é ter inteligência emocional para lidar com eles mas chorar, espernear, se sentir desiludido são reações normais de se ter, só não se deve, creio eu, deixá-las nos dominar.
ResponderExcluirabraços.
Publicação poética deslumbrante. Deixo o meu aplauso e elogio
ResponderExcluir.
Saudações cordiais e poéticas.
.
Siempre que leo a la Poeta Catiaho me conmueve y aprendo de su sensibilidad. Me la llevo en la memoria una vez más.
ResponderExcluirAbrazo até vocé lá
Cuando vi los interpretes del video supe que no me decepcionarían esos maestros de la Bossa nova y lo mismo me ocurre con tus narraciones.
ResponderExcluirSaludos.
Querida amiga, hermosa publicación poética.
ResponderExcluirEs una delicia leerte.
Te dejo todo mi cariño y un beso, que tengas un maravilloso fin de semana
Gostei muito do primeiro poema. Tocou-me mesmo.
ResponderExcluirUma boa semana.
Um beijo.