Foi assim

 

de repente,

não mais que re repente olhando no espelho percebeu que algo havia mudado.

Não sabendo exatamente o que era, despiu-se e passando de um espelho a outro da casa tentava perceber onde estava a mudança.

Depois de um bom tempo e nada diferente notado tomou seu banho, cuidou da pele, depois vestiu-se com calma e ainda observando  ao redor constatava que tudo estava exatamente no lugar.

 Sossegada postou-se a janela da sala e se deixou olhar a rua, só olhar; chovia lá fora e quase ninguém se aventurava.

Foi aí que a brisa do inverno trouxe à tona a resposta que buscara no espelho antes.

Não mudara nada externamente, mas sim dentre e mãos precisamente de dentro pra fora!

O ar que frio chegava, encontrava na pele quente o desejo de viver bem, direito, sem receio, medos, reservas ou reticências.

Foi assim;

não mais que repente que a vontade de ser ela mesma tomou conta e satisfeita com essa possibilidade foi que sorrindo saiu para ver a chuva que a chamava lá fora...

Assim de repente;

não mais que de repente que decidiu viver.

Catiaho Alc./Reflexo d'Alma