PassArinho nA jAnelA

Era uma dessas tardes bem gostosas.

Dessas em que as pessoas ficam de preguiça depois do almoço...

Devia ser um sábado ou um feriado porque

La fora as pessoas passavam devagarinho, sem pressa nenhuma.

Havia sol ameno,

dando a tarde um tom de calmaria.

Apos o sexo( uns chamam amor, mas prefiro como escrevi),

o casal se namorava e  ainda entre carinhos  até barulho ser ouvido,

vindo de fora para dentro.

Ele, ainda resistiu em se importar,

 beijou carinhosamente os pés dela ainda mais um vez.

Ela atenta e desperta, depois de deixar os pés serem beijados, é claro;

 esgueirou-se na direção da janela de onde vinha o barulho.

Ele alertou: É um passarinho! Mas não se mexeu.

Ela sem pensar duas vezes, observou onde a cortina bem fininha

 se movia

diferente  do todo.

Fez das mãos uma concha e por puro instinto segurou o volume por cima do tecido.

Sentiu a temperatura e o pulsar agitado da ave.

Ajoelhando sobre a poltrona, com cuidado levou as mãos até a jardineira

e  la soltou o pequeno ser que de pronto alçou um voo meio desajeitado

rumo a seu lar,  ninho de onde havia  caído, certamente.

Dela de pronto um sentimento bom tomou posse.

Enquanto ele agitado se punha a gritar,: - Eu não disse

que era uma filhote de passarinho!

Depois de lavar as mãos, ela voltando ao lugar de onde saíra,

se aninhando gostosamente  no peito dele,

 lentamente  deixou-se novamente envolver pela calmaria

daquela tarde que até virou enredo de uma historia para os pequenos.

CatiahoAlc.

04030151542

Obra meramente ficção