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sábado, 23 de novembro de 2013

Uma história de luta e consciência






http://lucidreira.blogspot.com.br/2013/11/uma-historia-de-luta-e-consciencia.html


20 de novembro
Dia da Consciência Negra é uma data para a reflexão de todos nós brasileiros. Durante o período da escravidão, os negros sofreram inúmeras injustiças. E ás custas do seu sofrimento nas senzalas, nos campos e nas cidades, foi erguido tudo o que havia no Brasil daquela época.
Os negros resistiram de diversas formas, nas muitas revoltas, fugas e com a formação de quilombos em várias partes do país. Assim, surgiu o Quilombo dos Palmares e o seu sonho de liberdade, que teve como principal líder Zumbi.
Veio a Abolição em 1888, o Brasil mudou e hoje é uma das maiores economias do mundo. No entanto, os negros continuaram em situação de desigualdade, ocupando as funções menos qualificadas no mercado de trabalho, sem acesso às terras ancestralmente ocupadas no campo, e na condição de maiores agentes e vítimas da violência nas periferias das grandes cidades. Sua luta, inspirada em Zumbi e em outros heróis negros que tombaram ao longo do caminho, precisava continuar.
Zumbi foi morto em 20 de novembro de 1695, e seu corpo foi exibido em praça pública para semear o medo entre os escravos e impedir novas revoltas e fugas.
Mas o efeito foi oposto, despertando em muitos a consciência de que era preciso lutar contra a escravidão e as desigualdades, como Zumbi ousou fazer. A memória deste herói nacional, no Dia da Consciência Negra, nos compromete com a construção de uma sociedade na qual todos tenham não apenas a igualdade formal dos direitos, mas a igualdade real das oportunidades.

Um pouco da história de Zumbi

Zumbi dos Palmares (1655 - 1695)

A imagem da cabeça arrancada de Zumbi, levada ao Recife em 1695 e exibida publicamente, produz dois sentidos antagônicos: o poder opressor é capaz de derrotar os insurgidos, mas uma boa luta de fato nunca morre. Não por acaso, a imagem virou monumento no Rio de Janeiro.
Sabe-se pouco desse grande brasileiro. Nascido no quilombo de Palmares, localizado na Serra da Barriga, hoje estado de Alagoas, Zumbi se afirma como grande guerreiro, chefe destemido e último líder do maior foco de resistência negra contra a escravidão no Brasil. Em 1662, ainda menino, teria sido capturado por soldados e entregue ao padre Antônio Melo, que lhe deu o nome de Francisco e os conhecimentos de leitura e escrita em português e latim.
Aos 15 anos, fugiu e retornou a Palmares, adotando o nome Zumbi, evocando, na origem africana, o termo dzumbi: guerreiro, defunto, deus da guerra ou até morto-vivo. No quilombo, que chegou a ter 50 mil habitantes, liderou lutas vitoriosas contra os portugueses. Em 1678, diante de um acordo entre Ganga-Zumba, seu tio e chefe do quilombo, e o governador de Pernambuco, Pedro de Almeida, que garantia liberdade aos nascidos em Palmares, Zumbi envenena Ganga-Zumba, assume a chefia e recusa o acordo. Para ele não bastava viver livre, era necessário libertar os ainda escravos.
Zumbi queria a abolição da escravatura, não apenas a liberdade parcial de seu grupo. As investidas contra Palmares se intensificam e a resposta é dada com extraordinária resistência. Zumbi luta e faz aos seus homens o convite à morte pela liberdade. Em 1694, Domingos Jorge Velho, bandeirante paulista conhecido pela impiedade, foi convocado pelo governador para liderar a milícia que tinha como missão encontrar e destruir Palmares. Com um grupo de dois mil homens e apoio de pesada artilharia, Velho inicia a busca. Chegou a batalhar com Zumbi, baleando o líder quilombola. O episódio faz surgir o boato de sua morte. No ano de 1695, no entanto, Zumbi lidera ataques a povoados em Pernambuco.
É nesse mesmo ano que Velho chega ao ataque final contra a Cerca do Macaco, principal mocambo de Palmares. Uma intensa batalha se iniciou e a comunidade resistiu por vinte e dois dias, antes de ser derrubada. Zumbi foi ferido, mas escapou, continuando a lutar com abnegada resistência. Entretanto, traído por um antigo companheiro, é denunciado, preso e degolado em 20 de Novembro de 1695. Estava morto o herói brasileiro. A data marca no calendário do país o Dia Nacional da Consciência Negra, lembrando a história do homem nascido livre e morto por desejar a liberdade de seu povo.

Fonte: www.diadaconsciencianegra.com.br,   www.brasil.gov.br
Imagem: Google, meramente ilustrativa

6 comentários:

Cristal de uma mulher disse...

Bela exposição de texto e conteúdo.

Um abração

Nádia Santos disse...

Um linda história de um homem por seus ideais. Bjus Lu

Unknown disse...

Obrigado estamos sempre a postos para divulgar e expor as idéias que merecem relevância.
Abraço

Unknown disse...

Agradecemos Cristal temos que ter consciência exposta nesse sentido.
Abraço

chica disse...

História interessante pra ser sempre relembrada e a data poderia ser bem amis festejada, se REALMENTE não existissem mais preconceitos! abração,chica

Reflexos Espelhando Espalhando Amig disse...

Lu Cidreira e Simone Reis,
adorável e esclarecedora essa postagem.
Adoro tê-los aqui no Espelhando.
Bjins
Catiaho Alc.

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