O
que era belo hoje só causa medo
Que
no teu canto preludiou o grito,
Partem-se
crânios contra este rochedo
Pululam
vermes em tremendo rito.
Movem-se
ainda as mãos no arremedo
Do
que da boca não vai mais ser dito,
Do
vivo ao morto já não há segredo
Terror
que espalha-se no céu aflito.
Essa
lembrança em célere teatro
Num
barco podre que afundou no cais
É
o que me resta, mais sinistro e atro,
Horrenda
chaga a esgravatar demais...
Então
rastejo e vejo o magro espectro
Do
velho corvo a repetir - Não mais!
Francisco
Settineri.
4 comentários:
"Não mais..."
Às vezes tem que ser assim.
Um bj
Fabuloso.Soberbo
Bom Domingo
Olá!
Um belo soneto, cheio de garra!!!
Um abraço.
M. Emília
Boa tarde Francisco... lindo soneto
parei de escrever sobre estes temas mais carregados mas te confesso que adorava ver tudo e extrair tudo que podia deste meio envolto de tristezas e medos lindo dia
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