Espalhados Espelhando

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terça-feira, 3 de setembro de 2013

Atitude e Ousadia sempre.




Gosto muito do que vejo na modernidade dos tempos, já que sou da época em que as celebrações aconteciam por causa da mãe e da mulher que se sacrificava para cuidar dos filhos e do próprio casamento como se a responsabilidade fosse exclusivamente sua. Foi com alegria, posso adiantar que percebi o vaivém, o entra e sai, o corre-corre no desenrolar  da festividade. Vejo no decorrer de cada dia pais e filhos caminhando juntos rumo ao trabalho que dividem buscando o sustento da vida.  São pais valentes que enfrentam situações adversas para que os filhos vivam com dignidade no seio da sociedade. No dia anterior ao domingo dos pais, inclusive nesse dia, eu, chegada de alguns compromissos que me tomam a  parte da manhã, deixei-me sentar para  assistir alguns programas na TV que remetiam àquela festa. Domingo pela manhã vinha de um compromisso e caminhava pela cidade deserta, pude ver um pai andando de bicicleta e o filho pequeno ao lado, seguia na dele aprendendo na pratica o que é andar em uma avenida com movimento de carros. Pensei: que dia lindo para ensinar a um filho andar de bicicleta...  
Já quase em meu destino vi um morador de rua que sempre estava lendo alguma coisa deitado num banco de praça. Até aquele momento eu não via em mim algum desejo de conhecê-lo mais de perto, porém, não resistindo à curiosidade quanto a sua preferência pedi licença, sentei-me ao seu lado e ali deixei passar a metade do meu tempo conversando com aquela pessoa que lia  Luzia Homem de quem me contou a bela história  de uma moça que cortara os longos cabelos por motivo nobre. Em certo momento, como que emocionado, falou-me da filha que viajara à capital para estudar.  A ideia de alugar uma kitinet próxima a FACULDADE era dele e não dela, como alguns pensavam, já que para se formar compensava qualquer sacrifício de sua parte.
 Foi ai que me dei conta de que esse é o modelo de pai em quem deposito todas as minhas fichas. 
Ele, seu Genildo Lacerda, cinquenta e dois anos, capixaba,
é um pai que vários momentos de nossa conversa me falou que entre ele e a filha o que vale mais é o respeito que existe entre ambos. 
- Fiquei de voltar e lhe entregar alguns livros enquanto ele num português simples, mas correto,   agradeceu a minha oferta e até me presenteou com A Salamandra, de José Maria Bittencourt. 
- Parti para voltar com dois  exemplares de meu selo e pedi que fizesse uma crítica em um deles. 
- Despedimos-nos como velhos amigos que nos tornamos enquanto honrada apertava a mão calejada e sofrida de quem me lembrava o pai que tive. 
- Confesso que a ousadia de interpelar uma pessoa de rua e ter feito dela minha amiga  é e sempre será um marco dessa data em minha história.

Catiaho Alc./Reflexo d’Alma 12:52 13/08/013

10 comentários:

Severa Cabral(escritora) disse...

BOA NOITE MINHA QUERIDA !
HOJE AO ABRIR MEU BLOG FUI SURPREENDIDA COM SUA VISITA E COMENTÁRIO.E RETROCEDI NO TEMPO.LEMBRA-SE QUE UM DIA EU COBREI TUA PRESENÇA NELE?
VALEU MUITO A PENA.POIS ERA DE PESSOAS HONESTAS E QUERIDAS QUE ESTAVA ATRÁS.
HOJE VALEU,ABRI E LER TODOS QUE POR LÁ PASSARAM.VOCÊ FOI UM DELES
AGRADEÇO O CARINHO DEIXADO LÁ.NEM TEM PREÇO,SABIAS ?
DEPOIS VOLTAREI PARA COMENTAR TEUS BELOS POSTS.HOJE É MARCANDO PRESENÇA,RSRSRSRSRSR
BEIJO GRANDE !!!!!

Bell disse...

bom dia

São essas pequenas atitudes que causam mudanças no mundo. Aos olhos de muitos um morador de rua é discriminado.
Porém muitos esquecem que todos somos iguais, e com os mesmos sonhos.

bjokas =)

Ritinha disse...

Puxa!!! que interessante e sinta que algumas atitudes suas denotam o quanto é sensível, o quanto tem dentro si um imenso amor, independe a quem destinar.
Chega até a emocionar, isso é muito bom...
bjs
Ritinha

Sotnas disse...

Olá Catiaho, e que tudo esteja bem!

Em muitos momentos algumas pessoas esquecem que antes de serem moradores de rua, são aquelas pessoas criaturas humanas, assim tão como todos nós!
Mas, importa é que você agiu como um verdadeiro ser humano, e não perdeu nada, nem sequer seu tempo, se comparando a alegria que sentiu o homem por conversar sobre livros e viver, e bem, você até fez outra nova amizade!

Bela postagem, aliás, como sempre por cá venho encontro, obrigado por compartilhar, e pela amizade e visitas!

E grato eu desejo que seja sempre deveras iluminado e feliz o teu intenso viver, grande abraço e, até mais!

Teresa Brum disse...

Olá Catiaho, emocionada estou aqui com este lindo e reflexivo texto, parabéns querida.
Grande abraço e linda terça-feira.

Samuel Balbinot disse...

Boa tarde Catia.. deveria se tornar mais visivel cenas assim.. ainda chegaremos a isso ler em qualquer lugar.. que luxo né e sem intromissão bjs

Laura Santos disse...

Olá Catia!
Um belo texto que demonstra enorme sensibilidade em relação ao mundo que a rodeia. Todos somos iguais na vida e na morte, mas entre uma coisa e outra, a sociedade cria diferenças injustas que não deveriam causar descriminação, mas sentido de solidariedade e ajuda.
Gostei muito!
xx

Anónimo disse...

Olá, Catia!

Para além das reflexões sobre as atitudes da época contemporânea, tenho de salientar sua atitude e ousadia.

VOCÊ É INCRÍVEL!

Não há barreiras para se fazerem novos amigos, só que, por vezes, a falta de à vontade não permite, mas você, MULHER DETERMINADA, não tem limites, no sentido do bem e da leal convivência.

Boa semana.

Beijos da Luz.

Cristal de uma mulher disse...

As horas para tem tem sido mais curtas que o necessario...mas amiga adoro ler teus textos que certamente alimenta e nos leva a meditar...Parabéns sempre

Um beijinho
Cristal

brisa48@bol.com.br disse...

OLÁ
PASSANDO OUTRA VEZ NO TEU CANTINHO. SÃO ESSAS ATIUTDES QUE NOS IMPULSIONA PARA FRENTE. PARABÉNS PELO TEXTO.
Qualquer coisa tu procuras no Google pelo link que deixo aqui.
http://brisa-petala.blogspot.com.br/

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