Espalhados Espelhando

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sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Sempre gostei e gosto de Natal (Natal de 2012)


Eis algo que posso afirmar.
Gosto do  momento  onde a troca  se faz mesmo que seja negada ou rejeitada por muitos.
É um tempo que no meu entendimento; é oportunidade de  perdão.
Perdão não somente aos  outros (que é importante), mas especialmente a nós mesmos.
Desde menina Natal  pra mim não significava ganhar coisas, até porque nunca ganhei mesmo.
Lembro de duas vezes únicas vezes que isso aconteceu e não foi lá essas coisas.
Uma vez, já éramos seis irmãozinhos, dos quais  eu a mais velha tinha dez para onze anos.
Meu pai nesse tempo  de Natal apareceu em casa com roupas novas para todos nós!
Milagre!?
Lembro da blusa que ganhei: era branca, de botões e com letrinhas pretas.
 Ual que alegria!
Pois não usávamos roupas de loja, somente roupas doadas. Porém...
Logo em janeiro veio a notícia,  meu pai havia ganho do patrão dele (meu pai tinha por profissão operador de máquinas pesadas operador de D8), nesse tempo trabalhava para um pequeno empresario da área, coisa não comum  a meu pai que orgulhoso de sua profissão só trabalhava para grandes Cias de Engenharia em Terra Planagem, mas com seis filhos pra sustentar e morando de favor em uma casa emprestada, na verdade um barraco de madeira, não teve escolha até ser despedido e uma vez despedido, teve que devolver as roupas todas! Foi triste, lembro da cena como se  acontecesse ontem...
Depois, já com quinze anos, uma mocinha eu era; me formava na escola, completava os tão sonhados quinze anos, minha mãe até fez um vestido  de crepe rosa clarinho pra eu ir a formatura.
Era de novo dezembro e meu pai apareceu com dois lindos relógios da marca Mondaine. Um para meu irmão Henrique e outro para mim! Êxtase absoluto. Escolhi o de fundo branco, meu irmão ficou com o de fundo azul que ficou certinho no pulso dele ( o dele está na família até os tempos de hoje); já o meu...
 ficou com a pulseira larga,mas nem liguei. Nem dormi na noite que ganhei o presente, fiquei  com ele no pulso olhando, olhando encantadamente.
Lá pro dia cinco de janeiro, papai pediu o relógio pra  mandar  apertar a pulseira, entreguei  com alegria; só não sabia que jamais veria meu relógio novamente. Bem como também nunca ganhei nenhuma explicação.
Eu e o par Criamos nossos dois filhos com celebração nossa nessa data.
Lembro a primeira vez que fiz uma performace teatral pra eles, uma surpresa, exclamaram ao aplaudir-me: Nossa mãe é atriz! Eram tão pequenos!
Hoje os temos criados,  cada um longe de nós e  vivendo suas vidas.
Eu?  Continuo mantendo a celebração com o par e se por  ventura sozinha eu vivesse ou viver, faria e farei a celebração sozinha.
Tenho descoberto que preciso muito de mim.
Que devo cuidar desse patrimônio que sou (não é egocentrismo que detesto nos que  reconheço),
Não devo cuidar desse patrimônio que sou para outro ou outros; mas pra mim mesma. Mereço.
Adoro Natal! Adoro presentes na arvore. Amo receber felicitação pelo dia.
Amo celebrar o nascimento do Cristo que nem foi nesse dia, mas que decidiram  que assim fosse e pra mim, assim  É. Amo a figura do Papai Noel  que Já saiu de minha  sala muitas vezes, anos  seguidos e  foi responsável pelo prover financeiro  em nossa família.
E diferente da maioria, eu Catiaho não entendo Natal como consumo ou como exageros.Compro quando posso e quando os preços me convencem ou quando  os presenteados merecem esse tipo de carinho..
Entendo Natal como encontro,  como troca, como reciprocidade.
A começar em Mim, Comigo.
Essa é uma relação que vale e sempre valerá à pena explorar.
Pois  queremos tanto pro outro que nos deixamos a mercê.
Eu; Não Mais.
Feliz Natal pra todos, mas especialmente para mim!
Catia Helena 
0159 2512012
251220120203





Um comentário:

Betonicou disse...

E eu amo tudo isso! Beijos beijos!

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