Assim Sem medo Receio ou Dor Vida que segue Assim De peito aberto Mesmo no incerto Vida que segue Assim Me encanta Aflora e assanha Vida que segue Assim É livre Do crivo infeliz Vida que segue Assim É Poesia Palavras soltas ao vento Minha vida é Vida que segue Exatamente Feliz assim CatiahoAlc./ReflexodAlma 08100181055/TI
Poesia é água que escorrendo molha boca seca. É brisa que acaricia de leve eriçando os pelos. Poesia e semente de fruto maduro que na terra e loto trata de germinar. É pólen de flor que as aves carregam por onde seu caminho forem. Poesia é sangue que corre quente nas veias de quem não pediu pra nascer. Poesia sou Eu é Você que nesse momento parou aqui pra ler. Poesia é esperança, verdade, é saudade, é paixão disfarçada. É canção de ninar de todo aquele que se perde de amor... CatiahoAlc./Reflexod'Alma entre sonhos e delírios 190920111959
Con Versa
Era só um banco de praça
Era somente um banco, desses comuns em qualquer praça. Eu, fazia tempo observava e anotava os tipos que ali sentavam para as mais variadas atividades. Uns pra descansar. Outros para conversar ao celular. Outros para namorar, fossem pares de diferentes ou de iguais. E outros tantos tratando de seus assuntos ali no Banco da Praça. Um dia de domingo passando por essa praça, percebi nesse Banco um homem, ele tinha consigo bolsas e muitos livros.
Não me contendo puxei conversa e me surpreendi de imediato com o vocabulário sofisticado e o português bem usado. Ele sentado o Banco e Eu de pé a sua frente. Por algum tempo falamos de política, de literatura e da vida,
na verdade da vida dele. Ele um morador de rua e trocava livros por algum trocado que lhe desse para comprar uma refeição. Estendendo o braço deu-me um exemplar do livro famoso e disse: -Estou dando esse livro para senhora, pois sei que vai ler. Agradeci e sem prometer nada fui até em casa que é pertinho,
só atravessar a rua, e voltei a ele com o que eu tinha em dinheiro e alguns livros para ele passar adiante e o rascunhos do livro Elos
do autor silvioafonso, que na epoca era um dos autores que Eu estava para lançar; e pedi que ele lesse e depois me desse sua crítica. No dia combinado ele me fez a
crítica e nos despedimos. Nunca mais paramos para trocar palavras
novamente, mas da janela do meu quarto eu podia observar o tal banco citado no início e esse era o banco escolhido por ele para o descanso e por outros para outros fins. Batizei o banco : "O Banco Democrático"; exatamente devido a pluralidade de pessoas que o escolhiam dia a dia. Quarta feira daquela segunda semana de fevereiro eu não olhei pela janela cedo, mais tarde fui até o correio e para tal só preciso atravessar e rua e passar pela praça. Tinha pressa e passei rápido mas de imediato um vazio se formou em meu celebro e voltei. Faltava algo ali. Olhei, olhei e vi a marca da ausência gritando e não me contendo falei sozinha: - O banco! Caralho tiraram o banco!(desculpem a palavra grande, mas tenho que ser fiel ao que eu falei na hora)! Segui meu caminho completamente abismada. A adiante fui parada por uma pessoa conhecida e falei de imediato: - Viu? Tiraram o banco! A pessoa sem hesitar disse: - Tinha que tirar mesmo! Aquele homem dos livros estava sujando a praça com sua presença diária. Agora eu ficara sem palavras de vez, o chão sumiu de meus pés e confesso que sai dali o mais rápido possível. De volta em casa mais tarde eu juro que a imagem em minha mente era de terem vindo a noite, tirado o banco. Até ai tudo bem, mas e ele o homem dos livros quando veio cedo? Ou será que o levaram para um abrigo? Essa imagem é horrível: Ele sentado no banco com suas bolsas,suas coisas e seus livros teimando em não sair. E os encarregados de levarem o banco, levando junto homem e banco!
O banco eu não sei pra onde, mas o homem para algum depósito de gente. Terá sido isso? Nunca saberei... Mas sei de um coisa com toda certeza: É assim que se resolvem as coisas nessa nossa terra chamada Brasil... Chega dar medo, naquele dia foi o homem e o banco... amanhã poderá ser eu ou alguns dos meus e até um de vocês... Vamos lembrar sempre que assim são resolvidos os INCÔMODOS da nossa SOCIEDADE: EXTIRPANDO. Chega dar medo! Em fim. Vou deixar essa canção que tem a ver com o assunto, pelo menos eu acho que sim. Catiaho Alc.
CAN ÇÃO
MINHA ALMA (A PAZ QUE EU NÃO QUERO)
COM O RAPA
IMAGENS
FLORES DOS LUGARES ONDE EU PASSO
Essas são de um espaço verde criado no Posto de Saude
Hoje é dia de Celebração pois há 11 anos passados o Espelhando
começava a sua história e para tal aceitaram meu Convite e aqui além da amizade me brincou com suas brilhantes publucações o Mais que meu Amigo e Parceiro Escritor silvioafonso do https://palhacopoeta.blogspot.com/,
Depois vieram somar aqui o Fernando Melis do https://fernandomelis.blogspot.com/
o Touchê doshttp://ekr2.blogspot.com/ e https://fanzineversoslivres.blogspot.com/
e o grande (In memorian) Lu Cidreira do https://luizcidreira.wordpress.com/category/compartilhando-a-palavra-com-lu-cidreira/ .
Devo muito a esses AmigosBlogueiros que confiaram em
mim e no Espelhando quando o Blog era apenas um Sonho Meu.
Depois ao longo desse 11 anos muitos outros Blogueiros publicaram conosco aos domingos na Maratona Póetica, eram mais de 20 publicações por domingo. Outro publicavam ao longo da semana em
dias pontuais.
Sou grata a TODOS OS LEITORES QUE NOS HORAM LENDO E
COMENTANDO AQUI COM ALEGRIA E SEM OBRIGAÇÃO.
São 11 lindos anos.
Dedico as duas canções a TODOS VOCÊS E EM ESPECIAL AOS
MEUS AMIGOS MAIS CHEGADOS QUE IRMÃOS E NÃO VOU CITAR NOMES, POIS ELES SABEM QUE OS AMO E QUE TENHO GRATIDÃO POR CADA MOMENTO DE NOSSA AMIZADE.
CatiahoAlc.
CANÇÃO
ZELIA DUNCAN AMIGO É CASA
Amigo É Casa (Cem Anos de Choro)
Zelia Duncan, Simone
Letra
Amigo é feito casa que se faz aos poucos
E com paciência pra durar pra sempre
Mas é preciso ter muito tijolo e terra
Preparar reboco, construir tramelas
Usar a sapiência do João-de-barro
Que constrói com arte a sua residência
Há que o alicerce seja muito resistente
Que às chuvas e aos ventos possa então a proteger
E há que fincar muito jequitibá
E vigas de jatobá
E adubar o jardim e plantar muita flor toiceiras de resedás
Não falte um caramanchão pros tempos idos lembrar
Que os cabelos brancos vão surgindo
Que nem mato na roceira
Que mal dá pra capinar
E há que ver os pés de manacá
Cheínhos de sabiás
Sabendo que os rouxinóis vão trazer arrebóis
Choro de imaginar!
Pra festa da cumieira não faltem os violões!
Muito milho ardendo na fogueira
E quentão farto em gengibre
Aquecendo os corações
A casa é amizade construída aos poucos
E que a gente quer com beira e tribeira
Com gelosia feita de matéria rara
E altas platibandas, com portão bem largo
Que é pra se entrar sorrindo nas horas incertas
Sem fazer alarde, sem causar transtorno
Amigo que é amigo quando quer estar presente
Faz-se quase transparente sem deixar-se perceber
Amigo é pra ficar, se chegar, se achegar
Se abraçar, se beijar, se louvar, bendizer
Amigo a gente acolhe, recolhe e agasalha
E oferece lugar pra dormir e comer
Amigo que é amigo não puxa tapete
Oferece pra gente o melhor que tem e que nem tem
Quando não tem, finge que tem
Faz o que pode e o seu coração reparte que nem pão
A casa é amizade construída aos poucos
E que a gente quer com beira e tribeira
Com gelosia feita de matéria rara
E altas platibandas, com portão bem largo
Que é pra se entrar sorrindo nas horas incertas
Sem fazer alarde, sem causar transtorno
Amigo que é amigo quando quer estar presente
Faz-se quase transparente sem deixar-se perceber
Amigo é pra ficar, se chegar, se achegar
Se abraçar, se beijar, se louvar, bendizer
Amigo a gente acolhe, recolhe e agasalha
E oferece lugar pra dormir e comer
Amigo que é amigo não puxa tapete
Oferece pra gente o melhor que tem e que nem tem
Quando não tem, finge que tem
Faz o que pode e o seu coração reparte que nem pão
Quando não tem, finge que tem
Faz o que pode e o seu coração reparte que nem pão
QUEM TEM UM AMIGO TEM TUDO
COM EMICIDA E AMIGOS
Letra
Alô Madureira
Alô bateria
Ô sorte
Lá láia laia laia
Lá láia laia laia
Lá láia laia laia
Lá láia laia laia
Quem tem um amigo tem tudo
Se o poço devorar, ele busca no fundo
É tão dez que junto todo stress é miúdo
É um ponto pra escorar quando foi absurdo
Quem tem um amigo tem tudo
Se a bala come, mano, ele se põe de escudo
Pronto pro que vier mesmo a qualquer segundo
É um ombro pra chorar depois do fim do mundo
Ser mano igual Gil e Caetano
Nesse mundo louco é pra poucos, tanto sufoco insano encontrei
Voltar pra esse plano e vamos estar voltando
É tipo Rococó, Barroco em que Aleijadinho era rei
É presente dos deuses, rimos quantas vezes?
Como em catequeses, logo perguntei
Pra Oxalá e pra Nossa Senhora
Em que altura você mora agora, um dia ali visitarei
Ser mano igual Gil e Caetano
Nesse mundo louco é pra poucos, tanto sufoco insano encontrei
Voltar pra esse plano e vamos estar voltando
É tipo um Rococó, Barroco em que Aleijadinho era rei
É presente dos deuses, rimos tantas vezes
Como em catequeses, logo perguntei
Pra Oxalá e pra Nossa Senhora
Em que altura você mora agora, um dia ali visitarei
Tantas idas e vindas cantam histórias lindas
Samba que toca ainda, camba desde Cabinga
Classe aruanda brinda, plantas, água e moringa
Sabe, imbanda não finda, acampa no colo da dinda
E volta como o Sol
Cheio de luz e inspiração rompendo a escuridão
Quem divide o que tem é que vive pra sempre
E a gente humildemente lembra no refrão
Assim, ó
Quem tem um amigo tem tudo
Se o poço devorar, ele busca no fundo
É tão dez que junto todo stress é miúdo
É um ponto pra escorar quando foi absurdo
Quem tem um amigo tem tudo
Se a bala come, mano, ele se põe de escudo
Pronto pro que vier mesmo a qualquer segundo
É um ombro pra chorar depois do fim do mundo
O amigo é um mago do meigo abraço
É mega afago, abrigo em laço
Oásis nas piores fases quando some o chão e as bases
Quando tudo vai pro espaço, é isso
O amigo é um mago do meigo abraço
É mega afago, abrigo em laço
Oásis nas piores fases quando some o chão e as bases
Quando tudo vai pro espaço, é isso
Quem tem um amigo tem tudo (valeu, Emicida, brigado aê)
Quem tem um amigo tem tudo (mais uma vez)
Quem tem um amigo tem tudo (valeu, amigo, já é terceira vez, hein?)
Quem tem um amigo tem tudo (valeu, professor Zeca Pagodinho)
Amigo na praça é melhor que dinheiro no bolso, mano
Quem tem um amigo tem tudo (é isso mesmo)
Quem tem um amigo tem tudo (valeu, meu eterno parceiro Wilson das Neves)
Quem tem um amigo tem tudo (o orixá que tivemos a honra de conhecer em vida)
O azul do céu e a verde cor do mar confundiam-lhe a vista numa linha reta no infinito, mas isso não importava no momento. A preocupação era com a volta à casa depois de tantos anos e tão importante quanto o barco rasgando as águas no gemido rouco do motor. Seus olhos, os pensamentos e o casco do barco avançavam na intenção da praia batendo as ondas de um passado não tão remoto, mas triste por ter dito adeus a quem não esperava. Caminho encrespado, ondulado, salpicando lágrimas de maresia. Horas de sol na cara, onda entortando a proa aspergindo água pra cada lado. Peito apertado sem saber se ela o receberia. Vestido branco, fino, solto sobre a pele amorenada de sol. Pés descalços chutando marolas, correndo na areia. Cabelo solto aos beijos do vento, lembrança que não sai do pensamento. Saudade do toque, do abraço sem jeito, do beijo molhado, da falta de vergonha e do respeito. Do sorriso escachado, das safadezas no leito. - Duas horas sem ouvir o canto das gaivotas. Só o barulho do motor empurrando o vento. No jardim da casa, antes, muitas flores brancas e na entrada uma leva de rosas amarelas. Hoje, sem cor, desbotada, morta. Borboletas pintadas numa tela era como se pensava ver a natureza; uma linda aquarela. Voavam numa rota estranha em torno do corpo dela. Trazia na testa a segurar-lhe os cabelos negros uma fita amarrada, como donzela. Braços cruzados, debruçada na janela olhos perdidos no infinito do azul do mar, talvez, a sua espera. Um grito, um tiro, correria. Num sobressalto vazou de onde se estendia e na cidade o silêncio. Nada se movia. Só a tevê no último volume que um filme de bangue-bangue exibia. Não fosse esse pequeno impasse, com certeza, ele dormia. silvioafonso
Eu sou daqueles que olham as estrelas, mas só veem
a luz ao invés dos
astros. Sou um cara que não vê a chuva melancólica,
mas a fonte do viço, da
vida. Eu não vejo a rosa como um punhado de pétalas
protegidas por espinhos, mas uma flor para acalentar a
vida e abrandar a dor da morte. Eu não vejo o pranto como rastro de sofrimento, mas uma forma bucólica de escoar a tristeza do corpo
e a angústia da
solidão. Hoje, porém, eu precisava me manter na cama,
deitado e se possível
dormir o dia inteiro com a cabeça e os pés cobertos
até que a minha alma retornasse ao próprio corpo. Eu queria, se possível fosse,
deitar pela janela o meu olhar mais
distraído
e mesmo que os prédios vizinhos me
bloqueassem a vista, fingir que via os barcos de velas coloridas
riscando de branco o azul
do mar. Hoje eu não queria ver e muito menos saber de nada
que não fosse as
ondas se esparramado na areia dourada da restinga. Eu não queria entender o tempo, as horas e muito menos saber se vai dar praia ou vai chover,
porque o que eu quero, de verdade, é poder chorar até
desidratar meu corpo, ficar lerdo, bobo, perder o tino, pois assim,
eu creio acabaria o sofrimento. Talvez a minha agonia tivesse aumentado por saber
que a mulher que divide comigo as tristezas
e os momentos de alegriame olhou daquele jeito.
Seus
olhos eram como duas esmeraldas banhando de verde toda a minha languidez. Perguntas não seriam necessárias
já que
os seus olhos decodificavam dos meus tudo o que eu sentia. silvioafonso
A escrita é uma viagem sem fim Transporta pensamentos Redefinindo conceitos A cada novo outro sim Provoca sentimentos Desalinha quereres Como brisa ou vendaval Anuncia no novo tempo Em resultado Sem Igual Escrita viagem Sem rumo Muitas vezes Direto pro coração CatiahoAlc./Reflexod'Alma 1737NF24122013