O sol já havia se deitado
quando chegaram, mas nem por isso deixaram de fazer a festa costumeira que mais
se parecia a de um bando de andorinhas em tardes de verão. No riso alto e
despojado de crítica ou de medo o maior se mostrava menino brincando de gente grande ao passo que ela, sua parceira de todos os risos e de todos os prantos, mais que sua mãe, sua filha, talvez sua própria alma ou sua
sombra o amparava nos excessos para fortalecê-lo nas falsas medidas se é que nele
não fossem exatas. Esse estado de alegria, de harmonia e desprendimento eximia deles
as dúvidas dos porquês e acrescentava ao medo a coragem que podia.
Da mesma maneira que chegaram eles partiram. Chegaram na ausência do sol sem lembrar do frio que fazia e quando resolveram ir embora o mesmo sol ainda dormia.
Da mesma maneira que chegaram eles partiram. Chegaram na ausência do sol sem lembrar do frio que fazia e quando resolveram ir embora o mesmo sol ainda dormia.
3 comentários:
Caro mestre:
Talvez porque a noite seja excitante e pulse e as sensações brilhem mais que o sol. É uma alegria encontrar o mestre por aqui. Abraços
Mas que maravilhoso esse texto poético!Junto à natureza todos os homens voam como as andorinhas e são sempre meninos!Adorei!bjs,
Li pro Al durante a viagem.
Que texto mais lindo querido
silvioafonso,
assim você
nos faz chorar.
Obrigada por escrever nesse blog
tão lindos versos.
Honrados somos nós os que o lemos.
Bjins
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