AMOR INDIFERENCIADO
Basta ser amor alado
Infinitamente distante:
Eis amor indiferenciado
Numa diferente galáxia
Com uma luneta poderia ser revelado,
Num dos sonhos,
Parecia acordado
Um anjo me fez voar até ao infinito
Na galáxia sereneia, no planeta ramuado
Cavalgando um pónei.
Pónei cheio de genica e alado
Depressa voando
Ao jardim dos amores, soou a namorado!
Sem me dar conta, reparei
Vivia, consumava, um amor sem pecado
O sonho persistia!
Amor indiferenciado!...
Era noutra galáxia
Também devia ser neste globo amado
Este planeta
Conter somente amor e não pecado
Continuava a sonhar
Em estado de letargia, como que acordado
Reapareceu o pónei
Sempre alado
Veio tirar-me do torpor
Do sonho do amor indiferenciado
Fez-me zarpar
Contar a história no mundo do outro lado
Daniel Costa
Foto gentilmente, cedida por Severa Cabral escritora