Espalhados Espelhando

Translate

domingo, 31 de janeiro de 2021

Para fechar bem a semana e o mês: VIAJANDO EM OUTROS VERSOS e Em Tempos de Saudade Eu prefiro assim Abs-tra-ta-mente



No labirinto das minhas alucinações
eu caminhei por entre grandes nomes da história.
Com eles discuti suas obras para tecer comentários sobre aqueles renomados que deixaram suas vidas
em detrimento da literatura e da ciência.
Voltei à terra de "Ulisses" de Homero
 com a sua "Guerra de Tróia" e de "Eneida",
de Virgílio.
Na Itália foi que eu repousei entre os trabalhos de Petrarca.
Em Portugal terminei por envolver-me na vida de Camões,
mas foi du Bocage quem levou-me à Inglaterra
 onde namorei sob os sonetos shakespearianos.
Foi uma viagem de conhecimento e de loucura,
mas nada se comparou a minha chegada
à Pátria onde eu nasci.
Cheguei cansado para me jogar nos braços de Bilac,
e nos de Cecília eu versei Chico
e cantei Caymmi. Reli Machado, Augusto dos Anjos,
Vinícius e com os versos de Drummond,
sem querer, adormeci.
Texto de Silvio Afonso /Palhaço Poeta

 

 

Em tempos de saudade
Melhor é respirar  fundo
Sacudir a poeira e dar a volta por cima

Nesse tempos tão sentidos
A solução é engolir o choro
E trazer à memoria as boas lembranças

É saber garimpar no tempo
As gargalhadas mais gostosas
E os abraços mais bem dados

Nesse tempos de saudade
Eu quero é olhar pro horizonte
Com a esperança renovada

Quero alimentar meu sorriso
Segurando a vontade danada
Pois logo será o tempo

E vamos ter de volta
A nossa conquistada liberdade
E assim a vida será de novo brindada
CatiahoAlc./Reflexod'Alma entre sonhos e delírios de saudade


                                         


A Vida
A seco e em doses
 meticulosamente 
bem administradas
mais ou menos como 
um bom Vinho Seco
ou de preferência um maravilhoso Gin 
e que 
descem sem comprometer
 o palato e fico assim
 bem satisfeita.
Cada dia da minha vida
 é vivido 
 assim desse jeito.
Um dia com sol,
 outro com chuva
e as noites todas
nos braços do sono dos que
em paz repousam.
Nada tenho que não seja meu.
E nada quero que não seja meu
por direito.
Eu prefiro a vida
assim
gostosamente vivendo
gozos únicos e 
múltiplos de preferência.
Desejos plenamente satisfeitos 
a cada 
arrepiar da pele 
e a cada
novo eriçar dos pelos.
Meus desejos são meus
e do amor meu 
e assim 
vou vivendo um dia de cada vez
 em uma linda somatória
de prazer e encanto 
de
meus e só meus
sonhos e delírios.
CatiahoAlc./Relfexod'Alma.


IMAGENS DO LUGAR
QUE AMO DE TODO MEU CORAÇÃO
ESPAÇOS E  PRAIAS DA CAPITAL DO ESTADO 

PALÁCIO ANCHIETA 
Palácio Anchieta (Espírito Santo)

Fachada do Palácio Anchieta, 2019.
Nomes anteriores Igreja de São Tiago
Colégio de São Maurício
Palácio Presidencial
Tipo Residência oficial
Sede do governo estadual
Arquiteto Afonso Brás
Justin Norbert
Início da construção em 1551 (Primeira Igreja de São Tiago)
Fim da construção 1935
Proprietário atual Governo do Estado do Espírito Santo
Local Vitória, Espírito Santo,
 Brasil
Endereço Praça João Clímaco, s/n - Cidade Alta - Centro
Palácio Anchieta é a sede do poder executivo do estado do Espírito Santo, Brasil. 
O palácio localiza-se exatamente a frente do Porto de Vitória, 
na entrada da Cidade Alta, um dos bairros mais antigos da cidade. 
O Palácio é utilizado como sede do Governo do estado do Espírito Santo 
desde o século XVIII, sendo uma das sedes de governo mais antigas do Brasil.


TEATRO CARLOS GOMES
O Theatro Carlos Gomes é um teatro localizado na Praça Costa Pereira, 
no centro da cidade de Vitória, no estado do Espírito Santo, no Brasil. 
Foi inaugurado em 5 de janeiro de 1927.
Foi inspirado no Teatro Scala, de Milão,
 e projetado pelo arquiteto italiano André Carloni.
 Apresenta uma mistura de estilos em que predomina o neoclássico. 
A pintura atual do teto é de Homero Massena.


CONCHA ACÚSTICA NO PARQUE MOSCOSO/CAPITAL
 FONTE DO PARQUE MOSCOSO/CAPITAL
Um dos principais monumentos do Parque Moscoso Vitória ES
 é a Concha Acústica que foi inaugurada em 1953, no governo 
de Jones dos Santos Neves,
 representando um período de modernização da nossa capital.


LAGO NO PARQUE MOSCOSO/CAPITAL
 
PRAIA DA CURVA DA JUREMA/ CAPITAL



                       



UMA SAUDADE ÚNICA
Sabe aquelas pessoas que você aconhece e nem precisa conviver
para Amar e para sentir Saudade? Pois essa é uma delas.


FRASES DE CLARICE SOBRE SAUDADE

Sinto saudades de quem não me despedi direito, das coisas que deixei passar, de quem não tive mas quis muito ter.

Clarice Lispector

Estou com saudade de mim. Ando pouco recolhida, atendendo demais ao telefone, escrevo depressa, vivo depressa. Onde está eu? Preciso fazer um retiro espiritual e encontrar-me enfim - enfim, mas que medo - de mim mesma.

Clarice Lispector

Mas lembrar-se com saudade é como se despedir de novo.

Clarice Lispector

-----------------------





POESIA

                                                      Abs-tra-ta-mente


Abs-
tra-
to
Abs-trato eu penso
Abs-trato eu sinto
abstratamente penso e sinto a falta de chão hoje
Abs-
tra-
ta-
men-
te
sinto
CatiahoAlc./Reflexo d'Alma 
0903080143




terça-feira, 19 de janeiro de 2021

ALEGRIA e POESIA Gente trocando gente

  


 Minha alegria é a de todos, imagino que seja, por finalmente a vacina estar disponível. Fato: 2020 foi um ano muito difícil. Mas vamos por em pratica a nossa ESPERANÇA DE DIAS MELHORES. Não vou me estender no assunto, vamos juntos aguardar com nossa ESPERANÇA E FÉ ACESOS E  RENOVADOS.

  Gente trocando gente
 Gente trocando nele
Por outra gente qualquer 
Pulam de ombro em ombro  
Fazendo de conta que se sabem quem é.

Antes, gente era melhor tratado
Guardado no coração 
Amizades tinham valor
Nada os  separava não.

Gente era vizinha, colega , quase irmão
Quando moravam longe, doía a tal separação
Passava-se por tudo na vida
Mas o sentimento não acabava não.

Vivemos num tempo onde gente genérico é
Enjoo, é só tirar da visão,
Pois na frente há uma fila
de gente pra posição.

Quero isso pra mim não
Ou me cativam  pra manter perto
Ou então podem me esquecer,
Pois gente sou; genérico nunca vou ser não!

CatiahoAlc./Reflexo d'Alma
CANÇÃO COM 
Lenine Envergo Mas Não Quebro



Se por acaso pareço
E agora já não padeço
Um mal pedaço na vida

Saiba que minha alegria
Não é normal todavia
Com a dor é dividida

Eu sofro igual todo mundo
Eu apenas não me afundo
Em sofrimento infindo

Eu posso até ir ao fundo
De um poço de dor profundo
Mais volto depois sorrindo

Em tempos de tempestades
Diversas adversidades
Eu me equilibrio e requebro

É que eu sou tal qual a vara
Bamba de bambú-taquara
Eu envergo mas não quebro (2x)

Não é só felicidade
Que tem fim na realidade
A tristeza também tem

Tudo acaba, se inicia
Temporal e calmaria
Noite e dia, vai e vem

Quando é má a maré
E quando já não dá pé
Não me revolto ou me queixo

E tal qual um barco solto
Salto alto mar revolto
Volto firme pro meu eixo

Em noite assim como esta
Eu cantando numa festa
Ergo o meu copo e celebro

Os bons momentos da vida
E nos maus tempos da lida
Eu envergo mas não quebro (4x)

IMAGENS DE ESPERANÇA



















quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

"A BANDA PASSA, MAS CAROLINA NÃO VEM."

Vai fazer um ano que eu não beijo na boca.  Faz tanto tempo que até me esqueço da última vez que eu fiz aquilo que começa com um beijo.  Quando beijo na boca eu me entrego.  Não vou dizer que eu perco o juízo, mas talvez o perdesse porque ao voltar eu me sinto mais pura, leve e com pele de  causar inveja  à criança de colo.  O meu humor e o brilho dos meus olhos demonstram que não era à toa que eu beijava tanto antes da crise.  Hoje eu só ando emburrada, cansada de ficar na janela esperando a vacina chegar e o pior é que não chega. O tempo vem e passa, mas não leva o  vírus que tira de mim o que venho aqui reclamar.  Sinto vergonha de não saber me tocar, até porque, eu sempre tive quem o fizesse.  Eu sinto um misto de vergonha e de medo, não sei. A droga é quando vou tomar banho ou vestir  as roupas de baixo.  Aí não tem como evitar.  É como se um curto circuito desligasse o sistema e eu me perdesse no infinito da imaginação.  Já pensou uma pessoa fogosa, como eu, ficar um ano sem beijar na boca, sem me sentir flutuando no espaço?  Um ano sem ter com quem me deitar de conchinha e que disse que eu sou gostosa, cheirosa e objeto dos seus desejos.  Um ano eu me encontro rezando, não para ter o que eu quero, mas para ter o que todos precisamos para vencer esse mal.   Muitos não acreditam na letalidade do vírus,  por isso tocam suas vidas irresponsáveis da maneira que vêm tocando.  Ontem minha prima, solteira, me ligou e no meio da conversa me peguei perguntando como ela estava se virando sem namorando.  Ela disse que namorar ela não estava namorando.  Não queria compromisso com ninguém a não ser uma vez ou outra quando tivesse tempo e paciência para aturar aqueles a quem ela dispensaria depois de gozar.  – Não era isso que fariam comigo  se eu não o fizesse primeiro?  Então – disse ela mexendo com os meus hormônios.  Que inveja eu senti daquela mulher. Eu não tenho tanta coragem e mesmo sem poder me tocar e morrendo de vontade de beijar na boca, na testa ou sei lá mais onde eu continuo na janela segurando o queixo e me sentindo úmida a cada vez que alguém passa dizendo que fez o que minha prima me confidenciou que continua fazendo.


Con Versa

Depois de um ano sem trabalhar estou às portas de começar um novo trabalho com um novo escritor estarei fazendo uma retrospectiva do trabalho que exerço por opção e por prazer, que é o de Editora e Assessora Editorial. E foi assim que há muito, muito tempo atrás tive a horna de conhecer 1º o Blog Palhaço Poeta (por curiosidade pelo nome, pois como sabem meus filhos são circenses. Eu quis saber por que Palhaço Poeta), depois o Escritor silvioafonso. Hoje não somente o Escritor e a Editora caminham juntos, bem como nossas Famílias. O texto acima é uma das nuances que admiro como leitora e como profissional que valoriza a palavra. Realmente admiro quem consegue se por em palavras no lugar de seus personagens e de seus argumentos sempre tão provocadores. Essa imagem acima que não está boa é uma das lembranças do ano de 2010, no Espaço Caminho quando do laçamento de seu segundo livro. Foi uma preciosa experiência. Hoje este escritor tem 5 livros lançados e com as edições esgotadas, mas em breve nesse 2021 teremos uma versão interessante de sua 2a obra Prosa Inversa. E quem sabe ele não se anima para editar em papel alguma outra preciosidade inédita? CatiahoAlc. entre sonhos delírios e lembranças boas.

UMA CANÇÃO QUE COMBINA COM MEU TRABALHO, COM AS PESSOAS COM AS QUAIS ESCOLHO TRABALHAR E COM TODAS AS PESSOAS LIVRES DE ALMA
AQUARELA



domingo, 10 de janeiro de 2021

Então... Con Versa e Com Versos

Então...
Desde menina os dias de domingo me são preciosos.                                                                  Não mais que os demais dias da semana, mas domingos me trazem lindas lembranças.
Meu pai acordava calmo, ia à padaria e trazia pães frescos, tanto de sal quanto doce, 
trazia leite de saquinho e alguns biscoitos. Mamãe punha a mesa na varanda que ficava
entrada da cozinha, o café era servido no bule
e o leite ainda na leiteira de alumínio; e cada um dos 6 filhos que acordando 
sem pressa se achegava à mesa e se juntava a pais.
O jornal de domingo não era mexido antes do termino do café, e já estava na sala,
onde no decorrer da manhã cada um pegava a parte que interessava. Os menores 
assistiam desenho na televisão. Deixei de participar desses momentos quando 
me converti ao protestantismo e passei a priorizar a escola dominical. 
Estou relembrando tudo isso porque ontem (sábado 9) estive um bom tempo
conversando com duas jovens meninas, uma de 10 anos (minha neta) e
a prima dela de 13 anos. A pequena de 3 anos brincava livre e tranquila no parquinho.
Éramos 4 mulheres de gerações diferente: 3, 10, 13 e 58. Foi uma conversa em torno
da PALAVRA  e a forma como cada um se expressa e versamos lindamente
sobre o uso do palavrão. Adorei contar a eles sobre Dercy Gonçalves e a época
que ela viveu e as conquistas que fez por ser autêntica e ter lutado
por tudo em sua vida. Não deixei de citar a Becca, linda menina que acompanhei 
e vi crescer desde seus 6 anos e a forma como a vi ser educada 
por seu Pai e por sua Mãe (meus amigosafilhados, aos quais sou grata pelo 
privilégio de convivermos) sempre valorizando a PALAVRA
e seu bom uso.
Confesso que conversando com D'ana e com a J'uba me senti contribuindo
 com a educação e cultura das duas mocinhas e podendo frisar como 
o uso da PALAVRA é importante. 
Pode ser até que elas esqueçam essa nossa Con Versa, mas eu certamente
 não esquecerei, tanto que estou registrando aqui
nessa linda manhã de domingo. Lindo dia para Vocês todos e muito obrigada por
passarem seus olhos sobre essas PALAVRAS aqui no Espelhando
CatiahoAlc./Reflexod'Alma entre sonhos e delírios reflexões ao redor da palavra.


CANÇÃO COM LEONI FOTOGRAFIA
Essa canção retrata a imensa saudade
que sinto especialmente hoje da minha Mãe e do meu Pai, das minhas Irmãs e Irmãos e não menos dos  meus Amigolhosafilhados.


Palhaço Poeta Com Versos

MEU PAI... 
 
Eu me lembro bem, como se fosse hoje, o meu pai deitado
com a cabeça escondida entre as mãos e o travesseiro.
Eu, menino e feliz corria e me jogava sobre a cama em cima dele.
Eu ficava sem saber o que fazer com as desculpas que ele
 me dava ao dizer terem caído uns ciscos em
seus olhos e com eles vermelhos, me abraçava,
 beijava o meu rosto e sorria pra mim. Hoje eu sei como é difícil
esconder o pranto que não quer cessar.
Como é difícil não chorar para não ter que explicar as lágrimas.
O meu pai chorou por não ter o mínimo necessário
pra nos dar e eu choro por coisas que não sabia
existirem no meu peito e que agora me sufocam e me fazem, tão triste.
 "Meu pai! Saudades enormes de você.
Faço tudo para ser igual,
mas vejo-me tão distante dos seus passos que penso,
 até, em parar de caminhar.





sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

"CORO DE PASSARINHO."



 Eu queria falar do natal, do vírus e do ano novo, mas não posso.  Aliás, até  poderia se aquele passarinho, uma canarinha, que um dia surgiu do outro lado do vidro da janela não tivesse ido embora depois de tantos anos cantando pra mim aqui dentro. Foi amor a primeira vista.  Ela cantando e eu todo bobo, tipo o menino que ganha uma bola.   Eu sempre soube que gostava de passarinho, mas não para tê-lo preso em uma gaiola pendurada na minha parede e como vivia solto e poucas vezes se afastava de mim eu pensei que o teria para sempre ao meu lado, mas eu estava enganado.   Esses pequenos seres maravilhosos têm a divina missão de  levar pessoas como eu aos lugares que só existem na imaginação e foi lá que eu vivi com ele todo esse tempo.  A minha sorte foi escolher um lugar para morar aonde os bichos não correm quando se abre uma porta.   Aquelas pequenas criaturas que cantam para alegrar o dia a dia da gente não cantam, engaiolados, tão bem como cantam em liberdade e só em pensar que existe quem os prende em gaiolas me causa tristeza e vergonha.   O canto dessa criatura em nada se assemelha aos que se ouve na praça da minha cidade tal era o refinado do canto.  Era um som puro e doce, talvez para ouvidos de rei.  A confiança entre nós era tanta que as portas e as janelas dormiam abertas, mas chegou o momento que ela se cansou de tudo isso e partiu.  Eu não me lembro se na hora eu chorei, mas me lembro de fechar a janela à outros iguais aquele.  Voltar, talvez até possa pensar, mas como escapar das arapucas armadas para esse tipo de criatura? Enquanto persistir a dúvida a minha janela continua fechada, não para prendê-la do lado de fora, mas para eu me prender aqui dentro, dentro das minhas lembranças.  Se um dia mudar de ideia talvez eu volte à praça, mas a minha janela, ah, essa não abro mais.  silvioafonso
        

EMICIDA - PASSARINHOS



                                                                  








           A Lua
Nua  a Lua sorri em convite
Ao desatino completo
Que la em baixo na terra
Diz:
Vem?
Vem a entrega que apenas a Lua terá por testemunha.
Vem e nesse entrega 
Tudo é possível e nesse encaixar de corpos que se aceitam
E celebram a vida nesse carrossel do viver
Cada suspiro colhido ao pé do ouvido
Nesse arrepiar de pelos
E pele que transpira
Enquanto o sexo pulsa
Em um só
 mo
 vi 
men
 to
Vendaval,
Furacão
Mãos que percorrem
Bocas que se sugam
Olhos que nada vêem
Corpos que se entregam
fre
 ti 
co
vai e vem...
A Lua 
sa
tis
fei
ta...
CatiahoAlc./Reflexd'Alma entre delírios e delírios
 00001102012

domingo, 3 de janeiro de 2021

Con Versa Indag Ação ComVersos



Será que a vida é sempre uma sucessão de cobranças, de erros e acertos durante o tempo que vamos vivendo por aqui por essa terra?


Nesse 1ª domingo de 2021 enquanto caminhava na orla aqui de Pasargada, me peguei pensando na direção dessa indagação acima depois de pensar nas histórias que ouço de algumas pessoas que passam por mim bem cedinho nas manhãs de domingo enquanto cuido do jardim que chamo "de meu". Pois bem, em uma dessas manhãs eu disposta, de tesoura em punho e as pessoas passando, dizendo bom dia, elogiando o jardim e mais pessoas que aproveitam para contar suas inquietações. E  eu? ah eu ouço e aprendo. Dentre essas pessoas uma mulher, ela estava caminhando ao redor  do condomínio, parou e me desejou bom dia, elogiou minha família de sapos. Eu agradeci e disse o quanto cuidar do jardim me é terapia e o quanto me ajuda a pensar no dia a dia e a seguir a diante, foi aí que as lágrimas começaram a escorrer por seu rosto. Eu parei o que fazia e do jeito que estávamos: ela do lado de fora e eu do lado de dentro, encaminhei a conversa e aí ela contou o quanto cedeu por 40 anos para que sua família tivesse estrutura e estabilidade. Perguntei onde estava o motivo das lágrimas?, e ela disse sem titubear: -eles estão todos bem, aliás muito bem, mas nada sobrou pra mim que não tenha de ser explicado e devidamente justificado. Perguntei se sempre aceitara que fosse  assim?, ela me disse que enquanto não reclamou de algo, ou não discordou de algum deles, não havia notado nada, estavam confortáveis; mas quando pela 1ª vez oscilou a voz discordando de algumas situações, notou as caras feias e algumas horas mais tarde foi chamada no quarto pelo marido, que disse estar ela fora de si, e quando argumentou, ele simplesmente a acusou de estar enlouquecendo e se alguns dos filhos ou filhas ficassem magoados, ela ia se ver com ele. Perguntei se isso aconteceu no período da quarentena, ela disse que tudo começou há 5 anos e que ela foi administrando engolindo a seco até que os 4 componentes da família se reuniram com ela com o objetivo de saber o que estava acontecendo que ela estava tão diferente que já não aceitava tudo que acontecia sem argumentar. Ela me disse que simplesmente calou, nada disse, mas chorou copiosamente ali diante dos 4 por um bom tempo e marido e filhos e filhas juntos saíram de perto dela balançando a cabeça. A vida seguiu, ninguém disse mais nada. Isso foi lá no início desses 5 anos e daí em diante eles nunca pararam de cobrar mais e mais. Ela começou a desistir e a se distanciar da família, mesmo estando na mesma casa, comendo na mesma mesa, frequentando as mesmas festas até o inicio da quarentena, seguiu amando a todos igual pois entende que amor não muda, todavia por proteção tem se distanciado deles por não concordar com essa forma de tratamento. Ela nesse momento da conversa perguntou meu nome,  e disse: - sou Eutália, agradeço ter me ouvido, me tirou um peso que eu já não aguentava mais. Indaguei o que ela pretendia fazer, ela me disse que ia ser ela mesma ainda que a família a renegasse. Não ia fazer nada de novo, apenas ia parar de se explicar pois se acha competente por toda sua história e vencedora em todos os desafios que a vida lhe impusera. Eu sorri e disse: Eutália se priorize, porque tem esse direito, dê a eles o silêncio que merecem, mas nunca se afaste de quem você nasceu pra ser. Ela já não chorava mais, as lágrimas haviam secado, pois quase 1 hora havia passado e nem percebemos. Nos despedimos e voltei a cuidar do jardim, havia um universo movendo minha mente... meia hora depois Eutália voltou com dois presentes para meu jardim e foi embora.  A última vez que a vi foi no dia do meu aniversário, cedinho fui ao jardim e ela passou caminhando; nos olhamos e sorrimos e ela disse que estava satisfeita consigo mesma pois a noite daquele dia 30 de dezembro viajaria para o Nordeste onde passaria o próximo mês com sua irmã, e o melhor: ia sozinha e sem culpa; perguntei como a família reagira, ela disse que decidira e comunicara sem prestar atenção em nenhum deles. Nos despedimos, nos desejamos um novo ano com Esperança. Ela seguiu sua caminhada, eu nem disse a ela que era meu aniversário, fiquei ali curtindo o jardim enquanto uma onda de alegria me envolvia na certeza de que recebi dela o Melhor Presente de Aniversário. Mas é Vocês amigos (leitoras/leitores) que me dão alegria de aqui ler, o que pensam dessa história em Con Versa à partir desse argumento: "
Será que a vida é sempre uma sucessão de cobranças, de erros e acertos durante o tempo que vamos vivendo por aqui por essa terra?" ? CatiahoAlc. entre sonhos delírios e reflexões

 ComVersos

Eu posso
Fazer versos
Construir enredos
E montar histórias

Posso com certeza
Perdoar mas não esquecer
Enquanto sigo 
Meu caminho

Mas o que eu não posso
E o que não me permito
É deixar 
Meu amor próprio em segundo plano
CatiahoAlc.
030120201526/TI

É  ASSIM QUE VAMOS VIVER EM ESPERANÇA:
OLHANDO O HORIZONTE.


JUSTIFICATIVA PARA TODOS OS LEITORES AMIGOS

JUSTIFICATIVA PARA TODOS OS LEITORES AMIGOS


.

.



Selo Parceria&Poesia

Selo Parceria&Poesia
Escritor Leandro Serpa

LEITURA

LEITURA

Selo Parceria&Poesia

Selo Parceria&Poesia
Escritor José Maria Sousa Costa

.

.

.

.


.

.