Espalhados Espelhando

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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012



SALA DE TV...

O motor rasgava as águas num gemido rouco. Avançava na intenção da praia batendo as ondas na imensidão do mar. Buscava,  através dos caminhos que antes navegara na constituição de uma vida regrada, a conquistas e poucos amores uma lembrança esquecida no passado. Horas a fio exposto ao sol pintando o corpo de dourado. Onda entortando a proa aspergindo água salgada na cara, temperando a pele. Vontade de ver, de olhar de novo. Saudade do toque, do arrepio, do abraço sem jeito, do beijo molhado, da falta de vergonha e do respeito. Do sorriso escachado, das safadezas no leito. Duas horas sem escutar o canto das gaivotas. Só o roncar do motor se podia ouvir.Apeou do barco para estancar os passos na chegada ao jardim. Muito perto da casa, antes caiada, hoje sem cor, muitas flores brancas marginavam o caminho, e na entrada, uma leva de rosas amarelas. Borboletas que mais pareciam pintadas numa tela, verdadeiras aquarelas, voavam numa rota estranha em torno do corpo dela. Trazia na testa prendendo os negros cabelos uma fita amarrada, tal qual uma donzela. Braços cruzados debruçada na janela como há tantos anos a sua espera. Um grito, um tiro, correria. Num sobressalto vazou de onde se estendia. A cidade em silêncio, nada se movia, só a tevê no último volume, um filme de bangue-bangue exibia. Não fosse esse pequeno impasse, com certeza ele dormia.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Um comentário:

Unknown disse...

fotos fixes :

fashionpassionomg.blogspot.com

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