TABERNA
Chega
a noite, enche-se a taberna.
Todos
boêmios de copo bem cheio,
E a
garrafa vazia abraçada
Junto
ao lânguido e gélido seio.
Um
carteado na mesa de canto...
Uns
petiscos na mesa do centro...
Somos
todos uns boêmios na boêmia...
Na
taberna estamos nós dentro.
E eu estou
lá, com o copo vazio!
Já
perdi a conta dos que tomei...
Desce
o vinho e eu nem sinto-o descer...
A que
ponto da vida eu cheguei!
Minha
mesa está sempre guardada...
Fica
logo na entrada da porta.
Ninguém
ousa sentar perto dela...
Tem
um forte odor de carne morta...
Mas é
minha... Um velho cinzeiro
Que
de nada importa... Não fumo!...
Nela sento
para me esquecer
E pensar
em seguir outro rumo.
Mas
que rumo! Sequer chego em casa...
Sempre
acordo lá numa valeta...
Sem
lembrar do meu ditoso nome...
Sem
lembrar do que sou... Um poeta.
3 comentários:
Adorei esses versos..
muito!
bjs
Que triste...
Poeta que esconde as tristezas num copo de uma bebida qualquer...
É a vida, é a inspiração...
Muito bom!
Beijos
lindo poema
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