AMIGOSLEITORES

FIQUEM CONFORTÁVEIS PARA LEREM OU ASSISTIREM SOMENTE 1 DOS ÍTENS OU O QUE LHES FOR DE INTERESSSE A CADA PUBLICAÇÃO. PREFIRO SEGUIR DA FORMA QUE ESTÁ. NÃO PRETENDO VOLTAR A ADMINISTRAR 1 BLOG PARA CADA ASSUNTO,. UM DIA ESCREVO MELHOR AQUI NO BLOG ESPELHANDO SOBRE ESSE ASSUNTO. POR HORA SOU GRATA CatiahôAlc.

Era só um Banco de praça...



Era somente um banco, desses comuns em qualquer praça.
Eu, fazia tempo observava e anotava os tipos que ali
 sentavam para as mais variadas atividades.
Uns pra descansar.
Outros para conversar ao celular.
Outros para namorar, fossem pares de diferentes ou de  iguais.
E outros tantos tratando de seus assunto ali no Banco da praça.
Um dia de domingo passando por essa praça, percebi nesse
 Banco um homem,  com bolsas e muitos livros. Não me contendo puxei conversa
e me surpreendi de imediato com o vocabulário sofisticado e o português bem usado.
Ele sentado o Banco e eu de pé a sua frente.
Por algum tempo falamos de politica, de literatura e da vida, na verdade da vida dele.
Ele um morador de rua e trocava livros por algum trocado que lhe desse para comprar
 uma refeição.
Estendendo o braço deu-me um exemplar do livro famoso e disse:
- Estou dando esse livro para  senhora pois sei que vai ler.
Agradeci e sem prometer nada fui até em casa e voltei a ele
 com o que eu tinha em dinheiro e alguns livros para ele passar adiante e dois rascunhos de
livros de  autores que eu estava para lançar e pedi que ele lesse e depois me desse
 uma critica das duas obras. Nos despedimos. Nunca mais paramos para trocar palavras
novamente, mas da janela do meu quarto eu podia observar o tal banco citado no inicio
 e esse era o banco escolhido por ele para o descanso e por outros para outros fins.
Batizei o banco : "O Banco Democrático"; exatamente devido a pluralidade de pessoas que o escolhiam dia a dia.
Quarta feira dessa segunda semana de fevereiro eu não olhei pela janela cedo,
mais tarde fui até o correio e para tal só preciso atravessar e  rua e passar pela praça.
Tinha pressa e passei rápido mas de imediato  um vazio se formou em meu celebro e voltei.
 Faltava algo ali.
Olhei, olhei e vi a marca da ausência gritando e não me contendo falei sozinha:
- O banco! Caralho(desculpem a palavra grande, mas tenho que ser fiel ao que eu falei na hora)!
Tiraram o banco!
Segui meu caminho completamente abismada.
A adiante fui parada por uma pessoa conhecida e falei de imediato: - Viu? Tiraram o banco!
A pessoa sem hesitar disse:
- Tinha que tirar mesmo!
Aquele homem dos livros estava sujando a praça com sua presença diária.
Agora eu ficara sem palavras de vez, o chão sumiu de meus pés e confesso que sai dali o mais rápido possível.
De volta em casa mais tarde eu juro que a imagem em minha mente era de terem vindo a noite, tirado o banco. Até ai tudo bem, mas e ele o homem dos livros quando veio cedo?
Ou sera que o levaram para um abrigo?
Essa imagem é horrível:
Ele sentado
no banco com suas bolsas coisas e seus livros teimando em não sair.
 E os encarregados de levarem
o banco, levando junto homem, e banco. O banco eu não sei
pra onde, mas o homem para algum depósito de gente.
Terá sido isso?
Nunca saberei...
Mas sei de um coisa com toda certeza:
É assim que se resolvem as coisas nessa nossa terra chamada Brasil...
Chega dar medo, naquele dia  foi o homem e o banco...
amanhã poderá ser eu ou alguns dos meus
E até um de vocês...
Vamos lembrar sempre que assim são resolvidos os INCÔMODOS da
nossa SOCIEDADE: EXTIRPANDO. Chega dar medo!
Em fim.
Vou deixar essa canção que tem a ver com o assunto,
 pelo menos eu acho que sim:
Catiaho Alc.


Comentários

Ivone disse…
Triste né amiga? Nossa, me toquei com essa história!
A vida tem disso, preconceito sem fim...
Abraços apertados agradecendo o carinho de sua amável visita!
Mirtes Stolze. disse…
Boa noite Catiaho.
Revoltante situação, fiquei de verdade emocionada com o seu relato, como existe pessoa desumanas, que sociedade é essa que infelismente vivemos, muitos amam bens matérias e desprezam o ser humano. Não costumo envolver dessa maneira em postagem, sempre sendo educada, mas agora vou abrir uma exerção, sentir nojo da pessoa que acho correto retirar o banco para se livrar do pobre homem que usava o banco. Enfim todos nós devemos fazer a nossa parte,vivendo sem nenhum preconceito. Um lindo final de semana amiga, tudo de bom para você.
Beijos.
Olá amiga, vim agradecer suas visitas nos meus blogs e me desculpar pela ausência, motivo pelo qual, marido para ser operado, depois se recuperando, graças a Deus deu tudo certo e a recuperação caminha muito bem.
Obrigada pelos votos de que tudo desse certo, valeu todos os pensamentos positivos, obrigada!
Já estou de volta as aulas e com o tempo limitado, visito os blogs amigos com este recadinho colado, mas os agradecimentos a você, são verdadeiros e com muito carinho.
Desejo uma noite abençoada e um amanhecer de paz e iluminado por Jesus.
Abraços da amiga Lourdes Duarte
http://professoralourdesduarte.blogspot.com.br/
http://filosofandonavidaproflourdes.blogspot.com.br/
AdolfO ReltiH disse…
UN TEXTO QUE CONMUEVE...!
ABRAZOS
Graça Pires disse…
Uma texto que revolta e comove ao mesmo tempo. Temos uma sociedade impiedosa? Estamos a ficar insensíveis? Seu texto me deixou a pensar...
Beijo
Samuel Balbinot disse…
Boa tarde Catia.. pois é.. as vezes os que se dizem sociáveis fazem coisas assim e acham que estão certos ou que são superiores..
sei de mendigo que dorme no chão.. nem num banco dorme mas é aquele que quando passa por vc te dá bom dia.. o resto que anda na pinta te vira a cara.. tá deprimente viver num mundo do jeito que tá.. bjs
Nádia Santos disse…
Comovente e revoltante...
E assim caminha a humanidade.
Xero