Eu
Finjo que não ligo
Finjo que não sinto
Finjo que não gosto
Finjo que não entendo
Finjo que não existo
Finjo que não ligo pra nada nem pra ninguém
Finjo não perceber que não existir nada fazer diferença
Finjo sim e daí
Eu
Finjo porque não faz mesmo diferença
Finjo porque a dor é dentro do peito
Finjo que ser mais um é assim mesmo
Finjo que não ligo pra nada disso
Eu
Finjo sim
Pois se todos fingem que aceitam
Então fingimos todos cada um por seu motivo e vamos vivendo
Então
Fingir
É como fugir
Fingir
É enganar por fora
Enquanto
Apodrece-se por dentro
Finjamos todos
Finjamos sem pudor
Finjamos para não nos expor
Catiaho Alc./Refexod'Alma
entre sonhos e delírios
Texto clássico contido n livro Reflexo d'Alma
Esse Texto está revisto revisado reformulado
Reflexão de uma Poeta
Vivemos em um tempo onde nos sentimos como eu me sentia na minha adolescência quando quase todo ato ou palavra de uma criança ou de um adolescente era questionado e na maioria das vezes era descartado.
Poucas vezes um adulto voltava atrás nos questionamentos ou mostrava coerência nas proibições ou censuras. Sempre contava o que eles achavam e eles queriam e ponto.
Eu nunca questionei a autoridade de nenhum dos adultos que passaram por minha vida, sempre fui inteligente para saber quem podia/mandava mais.
Talvez seja por isso o eu não trago comigo acúmulo de magoa.
Vivi muitos momentos muito ruins até os dezenove anos (quando me casei e passei a viver minha própria vida), a cada episódio eu incinerava a dor, mas guardava os acontecimentos negativos para acertar quando chegassem a minha vida de adulto. Isso para não errar no mesmo lugar onde os adultos de minha vida erraram comigo. Já os poucos, porém valiosos episódios bons/positivos eu guardava acesos na mente e eles sempre superaram os episódios ruins e ainda superam. Junto com meu esposo formamos uma família equilibrada, hoje somos quatro adultos normais. Somos uma família real, procuramos não cobrar mais do que devemos a cada um e tentamos não mascarar os erros uns do outros e temos superado o dia a dia da vida.
Associando o Poema acima escrito em 2007 e revisto, repaginado e publicado acima*, eu como poeta e artista o associo a vida em nosso país: a cada nova denúncia, a cada novo por a cara de fora da censura, a cada desmando dos políticos eu me ponho dentro do poema e finjo sim: que nada vai aos tropeços ribanceira a baixo.
Não gosto da igreja se misturando a política e deixando de lado a sua real missão (isso a meu ver quando ser social).
Detesto o espaço dado as mídias e redes sociais metendo o bedelho em assuntos antes quase pessoais.
Detesto assuntos íntimos (como preferencia sexual) sendo tratado, conversado e discutido por quem não tem Liberdade como padrão de vida.
Nem pensem que sou contra discutir esse ou qualquer outro assunto.
Sou totalmente favorável a discussão e ao diálogo., pois só discutindo chega-se ao desequilíbrio e finalmente a reflexão.
Contudo não é bem assim que tenho visto acontecer.
Jogam tudo nas redes sociais e depois surgem sanções e proibições em forma de lei.
Exs: Quem não tem nada a ver com o assunto ou quem tem a ver de forma pessoal, (como é o caso do preconceito) discutem, fazem leis aprovam ou desaprovam e jogam tudo em cima da sociedade por puro partidarismo, não por lógica ou visando o bem comum( função da política a meu ver é cuidar do bem comum a toda sociedade).
Parece ser o povo (nós no qual me incluo) joquetes. Somente joguetes.
Meu marido e meu filho caçula curtem ver na tevê as questões politicas, uma vez parei para ver com eles e vi a votação do aumento de impostos sobre bebidas alcoólicas e material eletrônico (bebida nacional e peças de computadores e similares).
Eu assistia uma transmissão ao vivo e ouvi os discursos inflamados de que aumentando os impostos iam inibir a venda de bebidas alcoólicas e das peças e material eletrônico.
O Lucro da taxação vai para quem mesmo?
No prazo determinado pude comprovar nas prateleiras: vinho barato nacional ou mesmo vinhos importados e cachaça que é produto nacional. Prestei atenção ao vinho que de oito reais foi para treze reais. Os de quinze reais passaram a vinte e um. A cachaça nem vou citar. Já os produtos e peças para computadores eu conferi mas nem vou citar o preço de tal exorbitância.
Em tempo registre-se: Eu Não faço apologia ao consumo de bebida alcoólica, estou citando um fato que eu acompanhei da votação até ver em ação o votado.
Pergunto mais uma vez: O lucro da taxação vai para onde e para quem mesmo?
Sempre lembrando os que votaram esses aumentos não ingerem bebidas nacionais (as baratas/nacionais por ex.). E muito menos usam produtos eletrônicos com peças na linha que deram a ordem para o aumento.
Eu Não sou de escrever nessa linha, pois não sou cronista e do cronista ao poeta há uma enorme diferença, pois cada um faz uso de palavra em uma direção. O poeta divaga sobre a vida, amores, paixões e desilusões e quase como um louco escreve e Espalha seus poemas.
Já o cronista escreve sobre o dia a dia e empresta sua arte e genialidade para casos e situações Espelhando através de seus textos reflexão.
Pensando nessas questões é que
Eu Sem pudor Finjo Sim.
Catiaho Alc/ReflexodAlma
71020103/TRRR
12:23H
Fantástica postagem, começando pelo seu poema (o poeta é um fingidor...) Até ao texto. Parabéns
ResponderExcluirBeijinhos
Ficou bom esse negócio, até
ResponderExcluirparece feito por quem vive
da matéria.
Parabéns. Palmas não, mas um
tocantins inteiro.
.
Adorei Catiaho!
ResponderExcluirSerá que todos nós não temos um pouco de fingidor?
Bjs-Carmen Lúcia.
Amei,Cat! Será que todos fingimos um pouco,talvez para fugir mesmo como diz na sua poesia?
ResponderExcluirÉ para refletir mesmo.
Obrigada pela visita e volte mais vezes.
Beijos sabor carinho e linda semana
Donetzka
Maravilhosa querida amiga ,gostei muito ,beijinhos muitas felicidades
ResponderExcluirQue linda poesia, muito bem elaborada. Como diz Fernando pessoa : O poeta é um fingidor.
ResponderExcluirFinge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
Grata pelas visitas aos meus cantinhos. Serás sempre bem vinda!
Abraçoss
Maravilha de realidade exposta, sem nenhum "fingimento"... Faz-nos refletir e muito em nossas ações, nossas palavras, versos e olhares que, nem sempre são reais... Quem nunca? Não é mesmo?
ResponderExcluirAbraço.
Um poema bem reflexivo sobre fingimento. Às vezes, é melhor mesmo silenciar, não expressar opinões sobre certos assuntos... É sábio até!
ResponderExcluirObrigada pela visita.
Um abraço
Fingimos e enganamos , mas a dor ainda continua...Melhor sorrir e esconder a tristeza para não contaminar a alegria dos outros. Reflexivo texto! grande abraço!
ResponderExcluirCatiaho
ResponderExcluirNa verdade fingir é uma atitude, perante um mundão de prepotência, com muitas implicações, a todos os níveis. Há outra atitude: a do facto consumado.
Gostei do poema, bem demonstrativo, do poder do fingimento, perante a hipocrisia.
Beijos
Fingir! Quem nunca fingiu que atire a primeira pedra. Amei! Tenha um fim de semana de muita paz
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