A biblioteca abriu as portas no horário de costume, nisso a turma que vestia uniforme de colégio invadiu a grande sala e na medida em que iam encontrando o que procuravam, calavam-se e buscavam o seu lugar. Jorge Amado, Monteiro Lobato, Cecília Meireles, assim como outros escritores tinham suas obras devassadas sobre as mesas. Depois de várias anotações em agendas ou cadernos, eles, aos poucos, deixavam o recinto. Uns voltavam ao colégio, outros entravam na sorveteria ou na confeitaria da vizinhança. Martha, no entanto, mantinha-se de pé diante a prateleira desfolhando cada livro que encontrava. Parecia buscar por uma obra, porém sem sucesso. As portas se fechavam quando um funcionário jovem, ainda, lhe ofereceu ajuda. Martha nem se deu ao trabalho de olhar para o rapaz, estendeu-lhe um papel onde se lia; “O QUINZE”, e logo abaixo; “EMÍLIA NO PAÍS DA GRAMÁTICA”. Virou às costas e foi embora deixando o funcionário de olhar apaixonado bastante sem graça. Foi desse jeito que ele a viu entrar na papelaria a direita da casa de sorvetes. Guardou no bolso do jaleco azul o papel que recebeu e foi ao seu encontro. Ela era magra e alta, cabelos pretos como os olhos, seios médios e firmes como a sua beleza e arrogância. Era como os outros que com ela ali chegaram, aluna do colégio municipal daquele bairro e a sua presença naquela casa era a primeira de muitas outras, que viriam.
Estava de costas quando ele entrou e ao sentir a sua aproximação, andou mais dois passos para ater-se ao fundo da loja como se fugisse de alguma coisa, pôs-se a remexer no que para ela não fazia o menor sentido.
Respirando como quem vence uma maratona ele, quase esbarrando nela, impostou a voz e perguntou:
- Para quando você quer os livros?
Como quem sai de uma banheira de água morna com flores de alfazema ela olhou por sobre o próprio ombro e num quase beijo respondeu;
- Para hoje ainda e de preferência à noite em minha casa. Meus pais viajaram à Vitória e eu estarei sozinha com a minha avó, que dorme cedo, por três dias. Concluiu a moça.
Afastando os livros, que trazia embaixo do braço, consultou o relógio; eram 21h quando tocou a campainha.
A avó abriu a porta, quis tomar para si os livros, mas o rapaz interrompeu o gesto e perguntou; - Onde está a... Desculpe, a sua neta?
-Eu não tenho filhos, como poderia ter netos, neta ou coisa parecida?
Nesse momento apareceu, vindo de outro cômodo, a moça por quem ele procurava.
-Entra vovó, deixa que eu atendo o rapaz; adiantou a moça abrindo, para ele, um largo sorriso de confiança.
A avó entrou resmungando enquanto ele era puxado para um quarto nos fundos do corredor. Cabisbaixo, meio sem jeito, ele tentava demonstrar segurança no andar e nas poucas palavras que dizia. Ela tentou acalmá-lo dando-lhe, na face, um beijo. Com as mãos trêmulas, segurou o rosto dela e a beijou na boca. Ela fingiu resistir, mas acabou por se deixar cair e sobre a cama jazeu aos desejos animais do jovem funcionário. Louco ele rasgou-lhe a blusa e viu um par de peitos saltar-lhe em direção ao rosto. Enfiou na boca um dos seios enquanto de suas roupas se livrava. Num gesto bruto, quase hostil, estocou forte a sua adaga grossa e quente o suficiente para no baixo ventre resultar no grito que acordou a cidade em um misto de dor e de prazer.
Sorveram o momento explosivo de euforia e felicidade por toda aquela noite para despertar com o sol a pino, enquanto a vovó batia à porta dizendo que ela ia se atrasar para o colégio...
Tudo aquilo que acontece seja ou não seja por mero acaso. Há sempre um lugar onde teve inicio. Se esse conto é real ou imaginativo. Certo é que está muito bem contado.
Bom dia, e caloroso , nessa manhã solitária ! AS vovós a certa altura da vida ficam: cegas, surdas e mudas… Chapeuzinho convidou o lobo! Grande beijo Cátia. Parabéns e abraços Silvio!
Venho aqui e Olho pro amanhã dessa forma: com ALEGRIA e com ESPERANÇA
Já caminhei muito tempo sem me dar conta do quanto é importante o que eu sei, quero e posso. Passei muio tempo dando prioridade a todos ao meu redor. Daqui pra frente meu olhar obedece a uma nova perspectiva, pois minha palavra de ordem é ALEGRIA.Não quero e não vou viver mais um segundo sem esse ingrediente essencial.. Experimentem e depois de contem o resultado. CatiahoAlc, terça feira 05 de janeiro de 2015
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Escritor José Maria Sousa Costa
Lançamento Duplo Parceria&Poesia
Escritores Catiaho Alc. e Silvio Afonso
ABRINDO AS COMEMORAÇÕES DE ANIVERSÁRIO DO BLOG ESPELHANDO
Aos que por aqui passaram e passarão minha gratidão e...:
Esse não é o final da nossa historia, mas sim o marco de uma parada
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Selo Parceria&Poesia
Livros com suas tiragens ESGOTADAS
GALERIA DA MINHA SAUDADE DE SERES QUE DEIXAM SEUS BLOGS COMO LEGADO
HÁ SERES QUE FAZEM FALTA NO NOSSO DIA A DIA, MESMO NA VIDA VIRTUAL. ELASDEIXAM DE PUBLICAR POR VÁRIAS RAZÕESALGUMAS VEZES POR VONTADE PRÓPRIA E OUTRAS NÃO. ENTÃO NESSE TÓPICOE EU QUERO REGISTRAR A FALTA QUE FAZEM AO DIA A DIA DESSA MULHER POETA. ESSE É MEU JEITO DE REGISTRAR O QUE SINTO. CatiahoAlc 29 DE ABRIL DE 2021
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Ei!
O que estou escrevendo aqui NÃO É PESSOAL E NÃO SE
REFERE A NINGUÉM DA VIDA VIRTUAL E SIM DOS MEUS VIZINHOS
DE BAIRRO, OK?
Escrevo aqui para me expressar somente. Penso que estamos vivendo mais um dia e que devemos ser gratos a Deus e aproveitarmos todo aprendizado que esse dia nos trouxer. Devemos: usar máscara, mesmo os já vacinados , usar álcool gel, lavar as mãos ao chegarmos da rua, deixarmos os sapatos do lado de fora até serem limpos, evitarmos contato físico com pessoas que não vivem no mesmo recinto, evitar viajar (sem ser necessário) viajar a lazer nem pensar, não é hora de lazer, ainda que secos para tal estejamos. Eu ando com muita saudade dos meus amigosafilhados, das minhas irmãs e meu cunhado e de ver minha casa no RJ que está fechada desde janeiro de 2020, quando lá estive. Uma coisa tem me chamado muito a atenção: Parece que já terem sido contaminados e terem sobrevivido e a possibilidade da vacina, já deu a algumas muitas pessoas a ideia de estarem totalmente livres de contaminação, bem como os que já tomaram a vacina e passaram a ficar descuidados. Isso me preocupa muito. Estou reclusa em casa com meu marido e filho caçula há mais de 1 ano, vejo muito pouco meu filho mais velho, esposa e filhas que moram na cidade vizinha. Detesto não me sentir livre para ir e vir e mesmo para caminhar na orla que fica ha 3 ruas da minha casa. Vamos resistir mais um pouco, vamos preservar nossa saúde física e mental o mais que pudermos. Por hoje é o que eu penso; caso entendam que eu esteja errada: me perdoem. Bjins de bons dias a todos. CatiahoAlc.
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Imagens do Lugar que Amo
IMAGEM DO NOSSO LUGAR
IMAGENS DO MEU LUGAR
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Escritoras Mary Trabach e CatiahoAlc.
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IMAGEM DO NOSSO LUGAR
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GALERIA DA MINHA SAUDADE
MINHA HOMENAGEM A SERES QUE FAZEM FALTA NO MEU/NOSSO DIA A DIA, MESMO NA VIDA VIRTUAL, NÃO É UMA HOMENAGEM SOMENTE IN MEMORIAM, MAS HÁ SERES QUE POR MOTIVOS AVERSOS DEIXARAM DE PUBLICAR; ALGUMAS VEZES POR VONTADE PRÓPRIA E OUTRAS NÃO. UMAS SABEMOS O RAZÃO E OUTRAS NÃO. REFORÇANDO: NESSE TÓPICO EU QUERO REGISTRAR A FALTA QUE FAZEM AO DIA A DIA DESSA MULHER POETA. ESSE É MEU JEITO DE REGISTRAR O QUE SINTO. CatiahoAlc 29 DE ABRIL DE 2021
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E o Tempo segue adiante...
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ACONTECEU E FOI MARAVILHOSO!
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Escritor José Maria Sousa Costa
Verdade
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Escritor Gilmar Sousa
Deixo aqui minha sugestão de palavras não muito usados e poderão abrilhantar nossos escritos.
Trambolhões
masc. plu. de trambolhão
tram·bo·lhão
(trambolho + -ão)
substantivo masculino
1. Queda ruidosa ou aparatosa. = BAQUE, TOMBO, TRALHO
2. [Figurado] Estado de degradação. = DECADÊNCIA, DECLÍNIO
3. [Figurado] Contratempo inesperado. = ADVERSIDADE
aos trambolhões
• Rebolando durante a queda.
• [Figurado] Desordenadamente.
andar aos trambolhões
• [Figurado] Passar por grandes dificuldades.
Palavras relacionadas: cambalhota, palhaça, espalhanço, boléu, rebolão, queda, tombo.
"trambolhões", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/trambolh%C3%B5es [consultado em 06-01-2022].
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Aconteceu e foi perfeito.
ACONTECEU E FOI MARAVILHOSO!
Selo Parceria&Poesia
Escritor Silvio Afonso
Minha Leitura Atual
Sugestão do Clube do Livro por Antonio Fagundes - Podercast
Eu sempre entre meus sonhos realizados e meus delírios incessantes...
Amigo Rubens,
Sou e serei grata pra sempre por ter me apontado a direção as 12:22hs dessa 6a feira, quando me ligou; um pouco antes de nos deixar e seguir...Sentirei sua ausência, farei minha parte. Catiaho Alc.
GALERIA DA SAUDADE: SERES QUE MOTIVOS ADVERSOS DEIXAM SEUS BLOGS COMO LEGADO
11 comentários:
Boa tarde!
Mais um fabulosa texto que, adorei ler! Obrigada pela partilha!:)
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Eu posso...
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Beijos. Uma excelente semana...Fiquem em casa.
Olá:- Onde fica mesmo essa biblioteca? É que quero lá ir pedir trabalho, loool
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Feliz início de semana
Gostei do comentário do Ricardo, acima! Hahaha!
Boa noite minha amiga CatiahoAlc.
Uma bela postagem! Parabéns!
A escritora e poeta sabe como trilhar os caminhos da literatura com maestraia.
Uma boa semana, Catia, com os necessários cuidados com o vírus traiçoeiros.
Beijo.
Pedro
Portanto o livro era o Kama Sutra... :))))
Abreijos
Tudo aquilo que acontece seja ou não seja por mero acaso. Há sempre um lugar onde teve inicio. Se esse conto é real ou imaginativo. Certo é que está muito bem contado.
Continuação de boa semana. Um abraço.
Bom dia, e caloroso , nessa manhã solitária ! AS vovós a certa altura da vida ficam: cegas, surdas e mudas… Chapeuzinho convidou o lobo! Grande beijo Cátia. Parabéns e abraços Silvio!
A nice story :)
stay well!
Grande texto - adorei
Bjs
Kique
Hoje em Caminhos Percorridos - Batatas Fritas...
Querida Catia
Que bela narrativa!
Fiquei sem fôlego! Que menina essa!
Um beijinho
Beatriz
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