Nesse 1ª domingo de 2021 enquanto caminhava na orla aqui de Pasargada, me peguei pensando na direção dessa indagação acima depois de pensar nas histórias que ouço de algumas pessoas que passam por mim bem cedinho nas manhãs de domingo enquanto cuido do jardim que chamo "de meu". Pois bem, em uma dessas manhãs eu disposta, de tesoura em punho e as pessoas passando, dizendo bom dia, elogiando o jardim e mais pessoas que aproveitam para contar suas inquietações. E eu? ah eu ouço e aprendo. Dentre essas pessoas uma mulher, ela estava caminhando ao redor do condomínio, parou e me desejou bom dia, elogiou minha família de sapos. Eu agradeci e disse o quanto cuidar do jardim me é terapia e o quanto me ajuda a pensar no dia a dia e a seguir a diante, foi aí que as lágrimas começaram a escorrer por seu rosto. Eu parei o que fazia e do jeito que estávamos: ela do lado de fora e eu do lado de dentro, encaminhei a conversa e aí ela contou o quanto cedeu por 40 anos para que sua família tivesse estrutura e estabilidade. Perguntei onde estava o motivo das lágrimas?, e ela disse sem titubear: -eles estão todos bem, aliás muito bem, mas nada sobrou pra mim que não tenha de ser explicado e devidamente justificado. Perguntei se sempre aceitara que fosse assim?, ela me disse que enquanto não reclamou de algo, ou não discordou de algum deles, não havia notado nada, estavam confortáveis; mas quando pela 1ª vez oscilou a voz discordando de algumas situações, notou as caras feias e algumas horas mais tarde foi chamada no quarto pelo marido, que disse estar ela fora de si, e quando argumentou, ele simplesmente a acusou de estar enlouquecendo e se alguns dos filhos ou filhas ficassem magoados, ela ia se ver com ele. Perguntei se isso aconteceu no período da quarentena, ela disse que tudo começou há 5 anos e que ela foi administrando engolindo a seco até que os 4 componentes da família se reuniram com ela com o objetivo de saber o que estava acontecendo que ela estava tão diferente que já não aceitava tudo que acontecia sem argumentar. Ela me disse que simplesmente calou, nada disse, mas chorou copiosamente ali diante dos 4 por um bom tempo e marido e filhos e filhas juntos saíram de perto dela balançando a cabeça. A vida seguiu, ninguém disse mais nada. Isso foi lá no início desses 5 anos e daí em diante eles nunca pararam de cobrar mais e mais. Ela começou a desistir e a se distanciar da família, mesmo estando na mesma casa, comendo na mesma mesa, frequentando as mesmas festas até o inicio da quarentena, seguiu amando a todos igual pois entende que amor não muda, todavia por proteção tem se distanciado deles por não concordar com essa forma de tratamento. Ela nesse momento da conversa perguntou meu nome, e disse: - sou Eutália, agradeço ter me ouvido, me tirou um peso que eu já não aguentava mais. Indaguei o que ela pretendia fazer, ela me disse que ia ser ela mesma ainda que a família a renegasse. Não ia fazer nada de novo, apenas ia parar de se explicar pois se acha competente por toda sua história e vencedora em todos os desafios que a vida lhe impusera. Eu sorri e disse: Eutália se priorize, porque tem esse direito, dê a eles o silêncio que merecem, mas nunca se afaste de quem você nasceu pra ser. Ela já não chorava mais, as lágrimas haviam secado, pois quase 1 hora havia passado e nem percebemos. Nos despedimos e voltei a cuidar do jardim, havia um universo movendo minha mente... meia hora depois Eutália voltou com dois presentes para meu jardim e foi embora. A última vez que a vi foi no dia do meu aniversário, cedinho fui ao jardim e ela passou caminhando; nos olhamos e sorrimos e ela disse que estava satisfeita consigo mesma pois a noite daquele dia 30 de dezembro viajaria para o Nordeste onde passaria o próximo mês com sua irmã, e o melhor: ia sozinha e sem culpa; perguntei como a família reagira, ela disse que decidira e comunicara sem prestar atenção em nenhum deles. Nos despedimos, nos desejamos um novo ano com Esperança. Ela seguiu sua caminhada, eu nem disse a ela que era meu aniversário, fiquei ali curtindo o jardim enquanto uma onda de alegria me envolvia na certeza de que recebi dela o Melhor Presente de Aniversário. Mas é Vocês amigos (leitoras/leitores) que me dão alegria de aqui ler, o que pensam dessa história em Con Versa à partir desse argumento: "Será que a vida é sempre uma sucessão de cobranças, de erros e acertos durante o tempo que vamos vivendo por aqui por essa terra?" ? CatiahoAlc. entre sonhos delírios e reflexões
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domingo, 3 de janeiro de 2021
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Nesse 1ª domingo de 2021 enquanto caminhava na orla aqui de Pasargada, me peguei pensando na direção dessa indagação acima depois de pensar nas histórias que ouço de algumas pessoas que passam por mim bem cedinho nas manhãs de domingo enquanto cuido do jardim que chamo "de meu". Pois bem, em uma dessas manhãs eu disposta, de tesoura em punho e as pessoas passando, dizendo bom dia, elogiando o jardim e mais pessoas que aproveitam para contar suas inquietações. E eu? ah eu ouço e aprendo. Dentre essas pessoas uma mulher, ela estava caminhando ao redor do condomínio, parou e me desejou bom dia, elogiou minha família de sapos. Eu agradeci e disse o quanto cuidar do jardim me é terapia e o quanto me ajuda a pensar no dia a dia e a seguir a diante, foi aí que as lágrimas começaram a escorrer por seu rosto. Eu parei o que fazia e do jeito que estávamos: ela do lado de fora e eu do lado de dentro, encaminhei a conversa e aí ela contou o quanto cedeu por 40 anos para que sua família tivesse estrutura e estabilidade. Perguntei onde estava o motivo das lágrimas?, e ela disse sem titubear: -eles estão todos bem, aliás muito bem, mas nada sobrou pra mim que não tenha de ser explicado e devidamente justificado. Perguntei se sempre aceitara que fosse assim?, ela me disse que enquanto não reclamou de algo, ou não discordou de algum deles, não havia notado nada, estavam confortáveis; mas quando pela 1ª vez oscilou a voz discordando de algumas situações, notou as caras feias e algumas horas mais tarde foi chamada no quarto pelo marido, que disse estar ela fora de si, e quando argumentou, ele simplesmente a acusou de estar enlouquecendo e se alguns dos filhos ou filhas ficassem magoados, ela ia se ver com ele. Perguntei se isso aconteceu no período da quarentena, ela disse que tudo começou há 5 anos e que ela foi administrando engolindo a seco até que os 4 componentes da família se reuniram com ela com o objetivo de saber o que estava acontecendo que ela estava tão diferente que já não aceitava tudo que acontecia sem argumentar. Ela me disse que simplesmente calou, nada disse, mas chorou copiosamente ali diante dos 4 por um bom tempo e marido e filhos e filhas juntos saíram de perto dela balançando a cabeça. A vida seguiu, ninguém disse mais nada. Isso foi lá no início desses 5 anos e daí em diante eles nunca pararam de cobrar mais e mais. Ela começou a desistir e a se distanciar da família, mesmo estando na mesma casa, comendo na mesma mesa, frequentando as mesmas festas até o inicio da quarentena, seguiu amando a todos igual pois entende que amor não muda, todavia por proteção tem se distanciado deles por não concordar com essa forma de tratamento. Ela nesse momento da conversa perguntou meu nome, e disse: - sou Eutália, agradeço ter me ouvido, me tirou um peso que eu já não aguentava mais. Indaguei o que ela pretendia fazer, ela me disse que ia ser ela mesma ainda que a família a renegasse. Não ia fazer nada de novo, apenas ia parar de se explicar pois se acha competente por toda sua história e vencedora em todos os desafios que a vida lhe impusera. Eu sorri e disse: Eutália se priorize, porque tem esse direito, dê a eles o silêncio que merecem, mas nunca se afaste de quem você nasceu pra ser. Ela já não chorava mais, as lágrimas haviam secado, pois quase 1 hora havia passado e nem percebemos. Nos despedimos e voltei a cuidar do jardim, havia um universo movendo minha mente... meia hora depois Eutália voltou com dois presentes para meu jardim e foi embora. A última vez que a vi foi no dia do meu aniversário, cedinho fui ao jardim e ela passou caminhando; nos olhamos e sorrimos e ela disse que estava satisfeita consigo mesma pois a noite daquele dia 30 de dezembro viajaria para o Nordeste onde passaria o próximo mês com sua irmã, e o melhor: ia sozinha e sem culpa; perguntei como a família reagira, ela disse que decidira e comunicara sem prestar atenção em nenhum deles. Nos despedimos, nos desejamos um novo ano com Esperança. Ela seguiu sua caminhada, eu nem disse a ela que era meu aniversário, fiquei ali curtindo o jardim enquanto uma onda de alegria me envolvia na certeza de que recebi dela o Melhor Presente de Aniversário. Mas é Vocês amigos (leitoras/leitores) que me dão alegria de aqui ler, o que pensam dessa história em Con Versa à partir desse argumento: "Será que a vida é sempre uma sucessão de cobranças, de erros e acertos durante o tempo que vamos vivendo por aqui por essa terra?" ? CatiahoAlc. entre sonhos delírios e reflexões
Venho aqui e Olho pro amanhã dessa forma: com ALEGRIA e com ESPERANÇA
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ABRINDO AS COMEMORAÇÕES DE ANIVERSÁRIO DO BLOG ESPELHANDO
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GALERIA DA MINHA SAUDADE DE SERES QUE DEIXAM SEUS BLOGS COMO LEGADO
HÁ SERES QUE FAZEM FALTA NO NOSSO DIA A DIA, MESMO NA VIDA VIRTUAL. ELAS DEIXAM DE PUBLICAR POR VÁRIAS RAZÕES ALGUMAS VEZES POR VONTADE PRÓPRIA E OUTRAS NÃO. ENTÃO NESSE TÓPICOE EU QUERO REGISTRAR A FALTA QUE FAZEM AO DIA A DIA DESSA MULHER POETA. ESSE É MEU JEITO DE REGISTRAR O QUE SINTO. CatiahoAlc 29 DE ABRIL DE 2021
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Ei!
O que estou escrevendo aqui NÃO É PESSOAL E NÃO SE
REFERE A NINGUÉM DA VIDA VIRTUAL E SIM DOS MEUS VIZINHOS
DE BAIRRO, OK?
Escrevo aqui para me expressar somente. Penso que estamos vivendo mais um dia e que devemos ser gratos a Deus e aproveitarmos todo aprendizado que esse dia nos trouxer. Devemos: usar máscara, mesmo os já vacinados , usar álcool gel, lavar as mãos ao chegarmos da rua, deixarmos os sapatos do lado de fora até serem limpos, evitarmos contato físico com pessoas que não vivem no mesmo recinto, evitar viajar (sem ser necessário) viajar a lazer nem pensar, não é hora de lazer, ainda que secos para tal estejamos. Eu ando com muita saudade dos meus amigosafilhados, das minhas irmãs e meu cunhado e de ver minha casa no RJ que está fechada desde janeiro de 2020, quando lá estive. Uma coisa tem me chamado muito a atenção: Parece que já terem sido contaminados e terem sobrevivido e a possibilidade da vacina, já deu a algumas muitas pessoas a ideia de estarem totalmente livres de contaminação, bem como os que já tomaram a vacina e passaram a ficar descuidados. Isso me preocupa muito. Estou reclusa em casa com meu marido e filho caçula há mais de 1 ano, vejo muito pouco meu filho mais velho, esposa e filhas que moram na cidade vizinha. Detesto não me sentir livre para ir e vir e mesmo para caminhar na orla que fica ha 3 ruas da minha casa. Vamos resistir mais um pouco, vamos preservar nossa saúde física e mental o mais que pudermos. Por hoje é o que eu penso; caso entendam que eu esteja errada: me perdoem. Bjins de bons dias a todos. CatiahoAlc.
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Imagens do Lugar que Amo
IMAGEM DO NOSSO LUGAR
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GALERIA DA MINHA SAUDADE
MINHA HOMENAGEM A SERES QUE FAZEM FALTA NO MEU/NOSSO DIA A DIA, MESMO NA VIDA VIRTUAL, NÃO É UMA HOMENAGEM SOMENTE IN MEMORIAM, MAS HÁ SERES QUE POR MOTIVOS AVERSOS DEIXARAM DE PUBLICAR; ALGUMAS VEZES POR VONTADE PRÓPRIA E OUTRAS NÃO. UMAS SABEMOS O RAZÃO E OUTRAS NÃO. REFORÇANDO: NESSE TÓPICO EU QUERO REGISTRAR A FALTA QUE FAZEM AO DIA A DIA DESSA MULHER POETA. ESSE É MEU JEITO DE REGISTRAR O QUE SINTO. CatiahoAlc 29 DE ABRIL DE 2021
14 comentários:
A vida faz-se caminhando, vendo, estudando, aprendendo, ensinando.
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Feliz ano de 2021
Cumprimentos poéticos.
Entre versos e prosas a vida vai-se levando! :)
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Que as luzes de esperança se renovem
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Bem vindo 2021_____Beijos, e Bom Domingo!
Feliz Ano Novo
Ricardo, mais uma
vez sou grata por sua presença.
Bjins de Esperança
Pois é Cidália querida,
Os versos nos ajudam
a seguir adiante
com Esperança.
Bjins
Que seja um ano de
Esperança querido Pedro.
Bjins
A pior das solidões é a solidão com companhia. Gostei do seu texto e das vivências que nele conta.
Um ano de 2021 com muita saúde, muita fé, muito amor e muita paz.
Uma boa semana.
Um beijo.
Cátia, que bela história você contou nesse começo de ano! Que amargura vive hoje essa mulher, se doou tanto que esqueceu dela! É assim, todos adoram quando são obedecidos, quando não há reclamações e quando há pontos de vista contrários. Está aí um exemplo que deixas para muitas mulheres, maravilha de postagem.
Vale uma reflexão alongada.
Beijinho, um ano em paz e com muita saúde para aguentar o tranco que nem sabemos como será. Só sei que não será 'moleza'.
Olá, Cátia, esse tipo de atitude da família em colocar a pessoa mais fraca na berlinda é comum, até que a mãe cansou e resolveu viver a própria vida, dizer o que sempre pensava e foi tolhida por vários anos, sua opinião era menosprezada. E isso não poderia ir mais longe. Belo texto, parabéns.
Um Bom Ano pra você e sua família, com muita paz e esperança.
Bjs.
Lúcido texto, inspirada Catiaho. Preciosos versos.
Abrazo grande, Poeta. Feliz 2021.
a vida ela é que nos guia desejo um feliz 2021 com muita saude bjs
Gostei muito de ler o seu cconto, Cátia. Quantas Eulálias há ssim pelo mundo?!!
Um texto bem estruturado e expressivo.
O poema ficou muito bem.
Que tudo suceda como deseja neste ano novo de perfil inquietante. Beijos
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Grandes palavras neste texto bem real.Feliz Ano de 2021.Abraçoss
Olá Cátia historia triste desta mãe. O amor e a amizade são sentimentos de troca, se você da amor quer receber amor e não ser usada ou mal tratada, a amizade é idêntica. Tomara ela consiga mostrar para a família o quanto ela é importante com esta ausência, mas vai ser um caminho difícil e trabalhoso.
Às vezes ouvir um desabafo, é uma grande ajuda e sabedoria, foi justamente o que você fez.
Gostei do poema. Um ano bom com muita saúde e paz
beijinhos, Léah
il
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