Sair de carro em véspera de feriado não é para qualquer um, principalmente para quem nunca encarou uma estrada.
Não é fácil dirigir com caminhões acelerando na sua traseira, mas para ela, que nunca saiu da cidade, até que foi bem. O tempo de viagem a deixara exausta, morta de cansada, mas quando dissesse ao irmão que arrumara emprego para o filho dele e ainda por cima, para trabalhar no mesmo setor em que ela a alegria seria muito maior. Ela queria ver a cara de cada um quando desse a notícia, por isso metera o carro na estrada, e não seria qualquer caminhão acelerando atrás dela que a privaria de tamanha alegria. A mãe do rapaz, sua cunhada, encantada com o que ela dissera, entregou-lhe a toalha apontando o banheiro de onde saiu enxugando os cabelos minutos depois.
Trocara o jeans apertado por um shortinho mais confortável e um Body maravilhoso
que um rapaz alto e bonito, que há muito a vinha azarando, lhe deu de presente.
O rapaz tirava o seu fôlego, mas não contaria a ninguém. Ao marido mentiu que tivesse comprado.
Ligou a tevê, espichou-se num sofá longe do alcance das vistas e sem se dar conta dormiu.
Acordou com a cunhada gritando com o filho por estar com os olhos enfiando no meio das pernas da tia e as calças toda molhadas na frente.
Talvez aquilo a matasse caso fosse com outra pessoa, mas como se tratava da tia limitou-se a puxar-lhe as orelhas. Envergonhado correu para se trancar no banheiro de onde saiu pior do que entrara. A tia pediu que esquecesse, que deixasse aquilo pra lá porque jovem era assim mesmo. Eu não sei como a tia vai lidar com o sobrinho daqui para frente se praticamente se jogou nos braços do cara que lhe presenteou com o que estava vestindo. Se não me contou o que fez para merecer tal presente, não haverá de dizer o que pensa fazer com aquele que se trancou no banheiro pensando nas pernas dela. O pior é que o pobre voltou pior do que quando entrou, pois suava mais que pano de cuscuz.
Sinceramente eu não saberia dizer e muito menos adivinhar o motivo que a levou ligar ao marido mandando ajeitar o quarto de hospede.
silvioafonso
Com Canção da preferência do cronista
Zeca Pagodinho
Com Versos
Meu Verbo
A vida tão bela
Com pressa
Já passa
Já passa
Na gente esbarra
Trazendo a razão
Mas vida de poeta
É um pouco de cada jeito
Tem hora que é festa
Tem hora que é só solidão
Prever o imprevisto
Dos que sabem viver
Um dia de cada vez
Sou apenas viajante
De tempo de nome Poesia
Meu verbo é hoje
Essa é minha ousadia
CatiahoAlc./Reflexod‘Alma
entre sonhos e delírios
11 comentários:
Ri muito com o texto e o" suou mais do que pano de cuscuz"!rs... E teu vebro ficou lindo! bjs, chica, ótimo dia!
Que acidente mais embaraçoso!!! :)))
Boa semana
Também ri muito Chica.
Bjins e obrigada
Verdade Pedro,
põe embaraçosa mesmo.
Bjins e boa nova semana.
O texto de Sílvio Afonso com a marca a que ele nos habituou. Gostei do seu poema. "Prever o imprevisto
Dos que sabem viver Um dia de cada vez"...
Uma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Muito obrigada por
sempre vir nos ler.
É uma honra tê-la aqui
Quando silvioafonso
realmente é como vc cita.
Bjins
CatiahoAlc.
Belas palavras e reflexão!
Boa semana!
O JOVEM JORNALISTA está em Hiatus de verão de 18 de janeiro à 04 de março, mas comentaremos nos blogs amigos nesse período!
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Até mais, Emerson Garcia
Não li o conto, mas Sílvio Afonso é Sílvio Afonso. Lerei depois.
Que é feito de vc, menina Catiaho? Algum problema ou muito coisa para fazer?
Li Teu Verbo que espelha bem a vida. Gosto da tua frontalidade.
Beijos e bom final de semana.
Oi Catia
Gosto dos textos do Silvio que tem humor, adoro!
O seu poema é belissimo, e vamos vivendo um dia de cada vez.
Tenha um excelente fim de semana.
Beijinhos
Oi, menina, tudo bem?
Muito obrigada por sua visita e comentário.
Meus poemas não são complexos, eu acho. São de natureza sensual e erótica, isso sim.
O meu mais recente post é que pode gerar muitas opiniões, mas isso eu aceito com naturalidade. Você é crente, eu não sou, apenas isso.
Beijos e um feliz dia.
Sílvio, como sempre contos bem humorados e com uma pitadinha de malícia.
O rapaz no banheiro entornou água para cima da calça dele, pois foi, e mandar arranjar o quarto de hóspedes é uma atitude repleta de cortesia e nada mais (rs).
Tudo de bom, Sr. escritor.
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