Mais um desses trovões e eu fujo para não sei onde, porém bem longe.
Tenho medo que o abrigo que escolhi não resista
a grande batalha entre os deuses.
Novo relâmpago se vai e a escuridão que vem.
Engraçado, os trovões estão mais distantes agora,
o que pretendem estes
contendores com a mudança de arena?
Amedrontar os espantados que,
certamente escondidos e arrepiados ouvem o rufar dos tambores olímpicos se aproximando?
Bem, eu não gostaria que eles passassem o que eu passei,
porém, não seria divertido
conviver com esta intempérie, mas trocar o sofredor,
é u'a maldade...
O tempo passou e o medo foi com ele,
restaram-me a curiosidade e o receio.
Teria sobrado alguma coisa útil desta demonstração
de força ou seria mais uma brincadeira irresponsável
do subordinado com espírito do poder?
Aí, antes de qualquer gesto eu me pergunto:
- E o responsável pelos irresponsáveis,
não estaria na galeria dos iguais ao concordar com eles?
E em assim pensando olhei por onde pude e lá fora,
até onde minha vista alcançou, a mais linda das paisagens se formava, o mais belo dos trabalhos do artista eterno
autenticava em minhas retinas:
O gigantesco diadema de cores mil, unindo os extremos
de um a outro ponto decorando o campo.
Flores, antes sem vidas, surgiam como em busca da luz e compunham o quadro.
Tudo acabou quando a lágrima embaçou-me os olhos.
Todo o meu ser interiorizou-se, levando com ele
a grandeza do meu egoísmo
e a fragilidade de minha confiança.
Olhos tristes no chão, vergonha ruborizando a face,
aperto no coração e a certeza do desabrochar do
meu mais puro sentimento.
Ergo-me, como a flor em busca do sol e agora confiante
sem restrição, coloco aos pés do criador o que de mais
puro eu tenho e guardo, que um dia a mim foi por
ele ofertado: o meu AMOR.
Para você, que um dia chegará.
silvioafonso
Com Canção
Pixinguinha
Carinhoso
E o dia que já veio caminha para seu fim
E com sua ida chega à tardinha por vir
Com ela trás seus encantos
De sonhos que a mente vai definir
À tarde tão mansa se chega
Impõe-se e muito deixa a sorrir
No mar as ondas aumentam
Morna água que em ondas em seu vai e vem
Molha areia, apaga as marcar recentes
Encantados todos que com o mar se envolvem
Os que de sua magia se servem
Os que em sua areia se divertem
Os que na própria areia se entregam
A mulher, o homem, a criança o pequenino
Os pescadores, seus barcos que voltam com a tarde caindo
Os namorados os amantes sempre sorrindo
O poeta e pintor da paisagem vão se servindo.
Eis que encantados com entardecer que vem surgindo
Todos vão sempre à vida prosseguindo
Catiaho Alcantara
05 de abril de 2008
0132
texto inspirado na tela de Raphael
4 comentários:
Publicação poética deslumbrante poeticamente falando/escrevendo. O meu elogio
.
Cumprimentos poéticos e cordiais
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
Tanto os seus poemas como os textos são belíssimos!!
.
É preciso fazer a natureza especial ...
.
Beijo, e um excelente fim de semana.
Uma desculpa para o silvioafonso mostrar a boa forma física, é o que é :))))
Abreijos
Um conto muito interessante. Também tenho medo da trovoada. E pude ouvir aqui os trovões...
O seu poema, muito inspirado e belo.
Uma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Postar um comentário