ConTexto
Entardecendo por dentro
Não acredita que àquela hora se encontra ali,
ao acaso sentada naquela pedra sem
se importar com nada nem com ninguém. Pernas e pés pendem soltos pedra a baixo
como que largados, a brisa toca a pele acariciando enquanto
desalinha os cabelos.
De vez em quando mantém os braços pra
trás apoiando o corpo que assim exposto
se deixa ficar.
O olhar acompanha algumas aves
que parecem brincar de riscar o céu.
Não se importa com mais nada que não
seja estar sem mais nada pra fazer ou
pensar ou olhar...
Se encontra em seu lugar refúgio em cima
de sua pedra preferida, protegida
dos olhares... tira a blusa num ato de
liberdade que lhe é permitido,
deixando o corpo receber luz e sol...
escorrega o corpo deitando-se sob a pedra,
balança as pernas virando o rosto para
a esquerda pela primeira vez fixa o olhar em
algo que lhe prende a atenção, virando o corpo
de lado, acerta as pernas para observar
melhor...
apesar da distância percebe um carro parando,
logo alguém salta, observa longamente o mar.
Como que por um ímpeto começa arrancar
a roupa peça por peça e jogando sobre
o carro, tira os sapatos e meias jogando
ao chão como se puxado por um fio
estivesse sendo conduzido completamente
hipnotizado caminha rápido,
logo já corre.
Como ela antes de sua chegada que
parecia não prestar atenção em nada que não
seu objeto de desejo pleno:
O mar. Ele agora correndo feito criança se
atira ao mar, antes de mergulhar o corpo
na água solta um grito de explícito prazer
e liberdade.
Não demora muito ali, mas suficiente para
que atenção dela seja totalmente arrebatada
de tal forma que esquecendo de tudo
fica de pé na pedra, abre os braços,
seios expostos,
enche os pulmões de ar e sem mais
pensar um segundo se quer desce do refúgio,
não sem antes retirar a única peça que
ainda cobria o corpo e corre.
Literalmente se atira ao mar...
Não volta a vê-lo quando já de volta a si
Literalmente se atira ao mar...
Não volta a vê-lo quando já de volta a si
fora do êxtase que a envolvera o carro já
partira como que em silêncio total.
Não importa que não tenham se
Não importa que não tenham se
encontrado, apenas conta que foram
seduzidos e levados ao mesmo
momento arrebatamento pleno...
ele pelo mar...
ela por ele
ambos pelo exercício da plena liberdade.
CatiahoAlc./Reflexo d Alma
ele pelo mar...
ela por ele
ambos pelo exercício da plena liberdade.
CatiahoAlc./Reflexo d Alma
Com Canção
Soneto do seu corpo
.jpg)
Com Versos
Gostosura de Viver
Gostosura de viver
é saber encantamentos
fazer florescer
Aprecio todas as cores
e por isso sempre
que posso o arco-íris aprecio ver
Todo dia é dia de a
esperança renovar
sem em muita pedra
parar ou tropeçar
e assim sempre que puder
vou seguir sempre alegrando
o dia a dia
dos que comigo
quiserem e puderem
conviver
CatiahoAlc.
21 comentários:
Lindos poemas. Te mando un beso.
Lindos poemas. Te mando un beso.
Oi, querida Cátia, belíssimo texto de liberdade,
'Entardecendo por dentro', total liberdade de viver sem
amarras, deixando o corpo vestido como viemos ao mundo.
Muito lindo.
'Gostosura de Viver', outro retrato lindo da Cátia!
Te aplaudo, amiga!
Uma feliz semana, paz e liberdade!
Beijinhos, amiga.
Olá, tudo bem?
Gostei muito do conto. Esperava um encontro "marítimo" com desenlaces interessantes, porém, o não acontecido deixou tudo ainda mais interessante.
Wonderful poetry. All the best to your November.
Ola querida,
que belos versos de liberdade. Gostei muito da canção de Martinalia. Seu sorriso é cativante e mostra a força da renovação a cada dia, a cada poema. Florescer, sim renovada de flores e folhas novas.
Feliz dia, beijos
Excelente texto!
💌Bjins J.P.!😍
Bjins Tais!💌
😍Obrigada por vir
sempre.💌
Olá, Catia! Essa postagem está simplesmente cativante! A maneira como você descreve a liberdade e a conexão com a natureza é inspiradora. A cena do mar e a sensação de libertação são tão vívidas que quase podemos sentir a brisa e o sol. E o poema "Gostosura de Viver" é um lembrete maravilhoso de apreciar as pequenas coisas e renovar a esperança diariamente. Parabéns pela sensibilidade ! Beijo, boa semana!
Que belo texto e amo Mart`nalia.
Oi, Catiaho!
Adorei a história que contaste, aliás, tu és uma ótima escritora.
Vou te segredar algo: eu não gosto do mar e há anos que não o frequento. Nunca tive qualquer problema com ele, nem com barcos, mas fico inquieta e com taquicardia quando estou junto dele.
Gostei imenso da "Gostosura de Viver", porque tu és uma mulher muito livre, mas sabes como usar essa liberdade. Parabéns!
Escutei o vídeo, mas não sei quem é a intérprete.
Beijos e boa semana.
Edu,
Sou partidária de deixar
a mente trabalhar com a fantasia.
A realidade já sabemos,
mas imaginação não
tem limites e nem censura.
Obrigada por vir.
Bjins e Abraço.
Grata Ellie.
Bjins
Bandys,
Muito me encanta seu comentário
e a sua vinda.
Bjins
Muito obrigado Jotabê.
Bjins e abraço.
Beto,
É muito inspirador ler
seu comentário sobre esta
publicação. Obrigado de verdade
por vir.
Bjins e abraço.
Sérgio,
Também amo Martinália.
Obrigada por vir
e comentar.
Bjins
CÉU,
Somos pessoas ímpares e cada
um tem sua preferência e suas
reticências. Eu apesar de amar água,
não me sinto confortável em
cachoeiras e rios. Também não
tenho nenhum trauma com elas,
só me sinto como Você se sente
em relação ao mar.
E o Mar me acalma, me sinto
ouvida e atendida por ele.
Mesmo sem saber nadar,
me sinto segura dentro da agua.
Em fim mulher, somos assim:
cada um de seu jeito.
Obrigada por suas palavras a respeito
da minha escrita.
Vou no seu Blog dizer quem
é a interprete.
Bjins de afeto e gratidão.
Queridos AmigosLeitores,
Como sabem escrever é
um elevo para minha alma
e um prazer sem comparativos.
Percebo que quando os textos
são mais profundos, preferem
só ler. Em muitos blogs também faço
assim: só leio.
Obrigado de verdade a cada
um que me presenteia passando
os olhos por essa página.
Encantada desejo uma
sema
no mínimo boa.
CatiahoAlc./Reflexo'dAlma
Oi, Catiaho!
Obrigada por ter ido ao meu blog para me dar a resposta tão completa. Adorei. Você é invulgar.
Obrigada e beijos.
Postar um comentário