SériePassandoaLimpo Fases&Situações Com Versos Vou-me embora pra Pasárgada - Con Versando em ConTexto - Com Canção Fechando o mês de Outubro
de
Manuel Bandeira
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe - d’água.
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
- Lá sou amigo do rei -
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe - d’água.
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
- Lá sou amigo do rei -
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.
Já devem ter percebido que
sempre
me refiro a viver em Pasargada, uso
sempre Pasargada assim sem acento,
porque
é meu simbolismo.
Por motivos diferente do
Poeta Manuel Bandeira, mas faço
Poeta Manuel Bandeira, mas faço
como ele do meu lugar seguro tanto
espaços físicos quanto o momentos meus.
Pra mim viver onde vivo, é meu
Pra mim viver onde vivo, é meu
ideal de tranquilidade e paz.
Consigo ser anônima ao mesmo
tempo que participo
ativamente
da vida através das atividades de
exercício e lazer que participo no
meu dia a dia onde sou somente:
*mais uma das mulheres que cuidam
da saúde física,
mental, intelectual
e espiritual*. Pois até mesmo na igreja
vou a reuniões isolodas
eu sou anônima
e entro e saio sem dar satisfação
de quem sou. Conheci Manuel Bandeira
ainda bem jovem muitos de
desses poemas acompanharam
minha carreira de atriz e depois
de Diretora Artística como
O Medo, Os Sapos; mas Pasárgada
é meu companheiro de jornada.
Li o comentário do amigoleitor
do Blog Blogson, que *ele amaria viver
na
minha Pasargada* ou algo perto disso.
E respondi que *A Pasargada é o lugar
de cada
um*, e daí em diante fiquei
pensando nessa ConVersa. E quero dizer
que penso dessa
forma pra mim
Pasargada é:
Onde vivemos ou
Onde nos sentimos seguros ou
Onde conseguimos ser nós mesmos ou
Onde estão os que amamos ou ainda
Onde guardamos nossos sentimentos.
Porque pra mim Pasargada é onde minha
Onde nos sentimos seguros ou
Onde conseguimos ser nós mesmos ou
Onde estão os que amamos ou ainda
Onde guardamos nossos sentimentos.
Porque pra mim Pasargada é onde minha
vida faz sentido e eu nada tenho
que explicar pra ninguém e com
certeza muitas vezes minha Pasargada
é através do
Espelhando em minhas
visitas aos Blogs onde comento livremente,
é ainda a minha
escrita em
versos&prosas, em crônicas e
através dessas nossas ConVersas.
Deixo a pergunta:
Onde é a sua Pasargada AmigoLeitor?
CatiahôAlc.
ConTexto
Deixo aqui esse material
a respeito da poesia de
a respeito da poesia de
Manuel Bandeira
Extraído daqui
Vou-me embora pra
Pasárgada (com análise e significado do poema) Laura Aidar Revisão por Laura Aidar Arte-educadora, fotógrafa e artista visual
Vou-me embora pra
Pasárgada é o título de um poema escrito por Manuel Bandeira (1886-1968),
renomado poeta brasileiro do modernismo.
Publicado no livro
Libertinagem, em 1930, o poema apresenta uma cidade idealizada como solução
para os problemas.
Pasárgada significa, portanto,
uma espécie de refúgio, um local maravilhoso - que só existe na imaginação do
poeta
- onde só há espaço para os prazeres da vida.
O poema possui
características modernistas, ressaltando a ideia do poeta de uma fuga
para um lugar melhor,
como forma de escapar da sua realidade.
Ele foi escrito e
construído com redondilhas, que remete a ideia de um escapismo muito
comum em poemas arcadistas e românticos, que buscavam sempre uma forma de aliviar a dor
do amor não correspondido ou uma inspiração em lugares distantes e campestres.
A fuga então mencionada
no poema seria para Pasárgada, uma cidade tecnológica
na imaginação de Bandeira.
Com muitas referências ao modernismo e à admiração pelas máquinas e a tecnologia,
o poema tem um pensamento
bastante contrário ao pensamento arcadiano.
Pasárgada também faz
referência à cidade persa que foi capital do Primeiro Império Persa, e que figurava na
imaginação do poeta desde a sua adolescência até a construção deste poema.
A fuga para esta cidade é
uma metáfora para a busca pela liberdade, para uma vida que poderia ter sido mais prazerosa, não fosse a tuberculose que acometia o poeta.
renomado poeta brasileiro do modernismo.
para os problemas.
- onde só há espaço para os prazeres da vida.
para um lugar melhor,
como forma de escapar da sua realidade.
comum em poemas arcadistas e românticos, que buscavam sempre uma forma de aliviar a dor
do amor não correspondido ou uma inspiração em lugares distantes e campestres.
na imaginação de Bandeira.
Com muitas referências ao modernismo e à admiração pelas máquinas e a tecnologia,
o poema tem um pensamento
bastante contrário ao pensamento arcadiano.
Nesta liberdade também
estava o desejo de viver uma vida ativa que a doença o privou de ter.
Em vários momentos da obra, é possível identificar um retorno à infância antes da doença se instalar.
Outro tema abordado é o
afeto e contato físico, temas sensíveis para Manuel Bandeira.
Neste sentido, a fuga
para Pasárgada também traria a possibilidade de viver aventuras amorosas
e a satisfação dos desejos eróticos em um lugar onde não existe solidão.
Dessa forma, Pasárgada,
essa incrível cidade imaginada, transcendeu a própria poesia e se tornou a representação de um
lugar onde a vida é melhor, um símbolo de liberdade e hedonismo, que prega o prazer como
estilo de vida.
Em vários momentos da obra, é possível identificar um retorno à infância antes da doença se instalar.
e a satisfação dos desejos eróticos em um lugar onde não existe solidão.
Com CanÇão
Banda O Pequeno Cidadão
Lua e Sol
Fechando o mês de outubro
Meu filho caçula Wallace Kyoskys
trabalha nesse Espetáculo com a
Banda O Pequeno Cidadão, de Arnaudo
Antunes, Taciana Barros,
Edgar Scandurra (...), tendo também
como componentes filhos e netos de
artistas.
No último sábado a apresentação
foi no RJ-Quinta da Boa Vista
e Hoje em SP no SESC Pinheiros.
Meu filho faz a parte circense
do show.
Deixo aqui se desejarem conferir
o Show Completo


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