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Duas coisas irrefutáveis
que andam de braços dados: a morte e a solidão.
Conheço muitas pessoas que falam serem
solitárias ou que se bastam. Estão na verdade, caminhando pelo deserto a quilômetros
de encontrar um oásis e a milímetros da morte.
Freqüentemente vemos e lemos de suicídios
consentidos, não que o indivíduo não tenha pessoas a seu redor, a ingerência da
vida juntando com a incapacidade mental, física e orgânica é tão grande fazendo
uma barreira entre o quere-se e o deixar-se querer.
Ficando insensíveis e anestesiados para a
vida.
Os que falam serem
solitários e vivem sozinhos, não tem sequer o meu respeito, pois estão cavando
um imenso buraco para colocarem-se dentro.
Como acreditar e
ter confiabilidade em alguém que se diz solitário? Como ler este tipo de
indivíduo?
Se ele está expondo
no papel pensamentos que outrem lêem? Incoerência ou infantilidade, quando nos
isolamos de tudo ou de Temo estado dando permissão para que o nosso corpo reaja
negativamente dando sinais de falência, começando assim a degringolar tudo que
está à volta, entregando-nos a hábitos novos para suprir a necessidade de
convivência.
O ser foi feito
para compartilhar.
Já no Éden o
Criador, detectou que o homem não poderia ficar só, ao seu redor tinha vegetação
e animais; mas criou para o homem uma pessoa para trocar idéias e
caminhar no mesmo sentido. Nada contra, mas é certo que foi um animalzinho de
estimação como indivíduos trocam humanos por animais irracionais preferindo a
tal solidão, formalizando aí uma patologia irreversível.
Caminhando pela orla da praia deparo-me dentre
tantas com uma situação um tanto curiosa: seguia pela orla uma linda senhora e
seu cachorrinho, esse calçando sapatinhos, quando o animal fez suas
necessidade, ela pegou a caca, tirou um lenço umedecido e limpando o rabo do
animal, falou: “agora o neném da mamãe está limpinho” e seguiram o “passeio”.
Perdemos não para
as drogas ou bebida ou para qualquer coisa que controle o homem, mas sim para
um deserto de solidão.
Perdemos um ente
querido recentemente, foi triste e incomodativo como aconteceu. E como diz uma
poeta conhecida, Catiaho “Em um maracanã cheio, pode-se estar absolutamente sozinho”.
Neste caso o ser, encontra-se à beira do
suicídio consentido do solitarismo e da morte.
Por isto falo que solidão e morte vivem
atrelados, caminhando juntos.
Portanto; vivamos o
hoje para termos um passado com um futuro desconhecido que poderá vir feliz, na
certeza que cumprimos o dever de sermos felizes,
não sendo incompetente
para gerenciar nossa curta vida.
ALCLEIR ALCANTARA -
LAMPEJOS POÉTICOS – 23/09/201
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5 comentários:
Eu moro sozinho, mas não estou só. Há uma diferença enorme em estar só e ser solitário. Conheço tantos que estão cercados de gente e, mesmo assim, se sentem solitários.
Preencho a minha vida com trabalho, passeios, alguns amores e um punhado de amigos.
Gosto de poder escolher um desses momentos, ou todos de uma única vez. Mas confesso: adoro o meu silêncio e a minha autonomia - não abro mão.
(Te entendo)
OLá,tudo bem?Bem interessante o assunto do post,mas concordo com o Paulo Francisco que também comentou,há uma diferença grande em estar só e ser solitário.E,sinceramente,entre a companhia de certas pessoas,prefiro muito mais a companhia de um animal de estimação.Sem exageros de achar que um bichinho é um bebê.Certo,temos que tentar sempre fazer amizades,tenho raros amigos que me são muito importantes.Mas adoro viver só!
Es cierto; es un binomio, a veces, inseparable.
El Ser Humano, ante todo, es un ser que necesita asociarse y vivir entre la multitud; aunque, en ocasiones, la soledad es un antídoto ante tanto estrés y ritmo frenético que impone la Sociedad.
Muy buen Post.
Un abrazo.
Bom finzinho de domingo!!
Sábias palavras!!!
Feliz semana!!
Carla Fernanda
"Gosto de ficar sozinho. Ou me convenço de que eu fico melhor assim. Estamos melhores sozinhos. Sofremos sozinhos, morremos sozinhos. Não importa se é o marido ideal ou o pai do ano. O futuro será o mesmo para todos." Dr House
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