Eu me lembro bem, como
se fosse hoje, o meu pai deitado
com a cabeça escondida entre as mãos e o travesseiro.
Eu, menino e feliz corria e me jogava sobre a cama em cima
dele. Eu ficava sem saber o que fazer com as desculpas que
ele me dava ao dizer terem caído uns ciscos em seus olhos e
com eles vermelhos, me abraçava, beijava o meu rosto e
sorria pra mim.
Hoje eu sei como é difícil esconder o pranto que não quer
cessar. Como é difícil não chorar para não ter que explicar as
lágrimas.
O meu pai chorou por não ter o mínimo necessário pra nos dar
e eu choro por coisas que não sabia existirem no meu peito e
que agora me sufocam e me fazem, tão triste.
"Meu pai!
Saudades enormes de você.
Faço tudo para ser igual, mas vejo-me tão distante dos seus
passos que penso, até, em parar de caminhar".
4 comentários:
Gostei de ler!!
Beijo e uma excelente semana
Maravilhoso momento,muitos beijinhos felicidades
Muito profundo! Próprio para reflexão.
Abraços,
Furtado
Boa noite poeta.
Penso que seu pai, como todos os pais,
deixou pra você um legado de exemplos
a ser seguido pelos filhos, mas não a cobrança
de ser igual á ele. Penso que, você com certeza, deve
ter seguido seus passos a risca ou não teria se tornado,
o amigo, o esposo e pai de família que é hoje.
Gostei do texto para seu pai. Abraços
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